segunda-feira, 7 de maio de 2012

O CASO SAINT-FIACRE – Georges Simenon




“Comunico-lhe que um crime será cometido na igreja de Saint-Fiacre durante a primeira missa do Dia de Finados.”

Uma carta anônima chega à Polícia Judiciária de Paris. O comissário Maigret toma um interesse pessoal no caso. Afinal, Saint-Fiacre foi onde ele passou a infância, lugar repleto de recordações.

Durante a missa matutina, em meio ao frio intenso, um crime realmente é cometido. Um crime cruel e meticulosamente planejado. Como descobrir o culpado? A rigor, o crime está fora da alçada da lei.

Uma trama instigante e envolvente! Maigret é provavelmente o mais humano dos grandes detetives da ficção. Suas histórias não são marcadas por pistas mirabolantes e golpes incríveis de gênio, mas sobretudo de humanidade. Todos os personagens são muito reais, muito humanos em suas motivações.

A tensão cresce ao longo do livro, de forma quase imperceptível. A cena da revelação é conduzida de forma magistral, grandiloquente, e o próprio autor afirma estar “sob o signo de Sir Walter Scott”: os suspeitos reunidos em um velho e decadente castelo, sob o frio invernal da noite.

Para se ler de um fôlego só! Simenon em grande forma! Sendo totalmente honesto em minha resenha, preciso observar que um detalhe pequeno, porém importante, deixou de ser explicado no final. Talvez o autor tenha julgado o leitor inteligente o suficiente para chegar por si mesmo à solução. Mas isso pouco importa, pois não interfere de modo algum no esplêndido efeito dramático obtido!

Viva Maigret!!!

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