ISBN: 978-85-8057-160-8
Ao
visitar o Circo da Noite, Le Cirque dês Réves, livre-se de suas ideias sobre
circo porque nele tudo é diferente. Sua chegada é imperceptível, igualmente sua
saída. O colorido, marca registrada das instalações e dos espetáculos em si,
são substituídos pelo preto e branco e nuances de cinza. Não tem apenas uma
tenda, mas sim, uma tenda para cada artista e outras de entretenimento como o Labirinto
das Nuvens e o Jardim e Gelo (lindos!).
O
circo é mágico, mágico são seus artistas e a magia destes se apresenta na forma
de poderes sobrenaturais. Construído para ser o cenário de uma disputa entre
dois jovens, Célia e Marco, ele viaja o mundo por ano após ano enquanto os
oponentes são treinados para o confronto final. Em princípio desconhecem quem é
a outra parte. Marco descobre primeiro, Célia, bom tempo depois. Mas os seus
tutores não contavam que ambos se apaixonariam e que o que deveria ser um duelo
mortal torna-se um duelo pelo amor.
Ao
contrário do que se espera em um livro os personagens que se destacam não são os
protagonistas. Célia e Marco estão bem colocados, cumprem seus papeis e
agradam, mas, o tão esperado confronto entre os ilusionistas acontece de tal forma que quem ler o livro esperando um embate entre mágicos poderá se decepcionar. Os gêmeos Winston e Penelope me cativaram sobremaneira, o relojoeiro Herr
Friedrich, os rêveurs, um grupo de apaixonados pelo circo que o segue mundo
afora e Bailey, para quem não se dá nada quando aparece, acabam se revelando
fortes e marcantes no decorrer da história podendo-se dizer que roubaram a cena.
É um livro para ser degustado lentamente por ser bastante descritivo e ter a história contada, de forma intercalada, em
duas épocas diferentes (1897 e 1902). Tanto essa descrição quanto a forma
intercalada do tempo é fundamental para que se possa acompanhar a evolução do
circo e compreender os personagens dentro dele. Alguns personagens e pessoas
ligadas à história do circo têm o seu envelhecimento retardado e os que nascem depois têm
a sua participação entrelaçadas às deles quando estão na fase adulta.
Erin Morgenstern
Os portões que se abrem sozinhos quando a
noite cai, o relógio criado por Her Friedrich que não apenas registra as horas, o acendimento da fogueira na noite de estreia, os cheiros e sabores do circo, merecem destaque especial por se confundirem com os personagens.
Eu adorei essa leitura, durante a qual, me senti envolvida por uma magia diferente das que ando vendo ultimamente em histórias desse tipo. Recomendo!
bj da angel ;)
Parabéns pela resenha!
ResponderExcluirTenho que ler este livro!
Bjos!
Cida
http://www.moonlightbooks.net/
AMEI SUAS PALAVRAS.
ResponderExcluirBEIJOS