domingo, 27 de maio de 2012

RESENHA - "NO TEMPO DOS CAPUCHINHOS" - GUILHERME CARDOSO (LITERATURA NACIONAL)

(LITERATURA NACIONAL)
LIVRO  : “NO TEMPO DOS CAPUCHINHOS”
SUBTÍTULO: ‘FATOS, COSTUMES E CONTOS DE UMA ÉPOCA’
AUTOR: GUILHERME CARDOSO
EDITORA  : PERSE
PÁGINAS – 240
1ª EDIÇÃO 2011
CATEGORIA: HISTÓRIAS DE VIDA/NÃO FICÇÃO
ISBN: - 978-85-91218-60-8
 
CITAÇÃO: “O progresso e as novidades no bairro também chegaram pelas mãos dos padres capuchinhos. E o Bairro da Pompéia deve muito a eles. Na biblioteca da paróquia, inacessível para a comunidade, livros de variados assuntos ocupavam as prateleiras. Como todos os padres eram italianos e o progresso na Europa era adiantado em relação ao Brasil, eles iam transmitindo e aplicando aos poucos os avanços e as novidades que desconhecíamos.” (pág. 43)
ANÁLISE TÉCNICA: 
-CAPA = Fotos com pessoas e fatos acontecidos nos anos 50 e 60, ao fundo a figura de um frei franciscano desfocada. Capa feita por Zeca Martins e condiz com o conteúdo do livro.
Tipo de Capa: Capa Cartão
Acabamento: Brochura com Orelha
(nota:   4,50 de 5,00)
-DIAGRAMAÇÃO: Feita por Márcio Rubens C. Cardoso em Papel: Offset 75gr, Formato: 14x21, Cor: Preto e Branco e ao final de cada capítulo um pequeno logotipo de um cristo com braços abertos.
Livro bem estruturado com: agradecimento, sumário, intróito, fotos, citações pessoais e capítulos com títulos e numeração em letras romanas e fora de ordem, bem diferente.
(nota:  4,50  de 5,00)
- ESCRITA: A revisão foi feita pelo próprio autor e escrita em 1ª pessoa em narrativa também feita por ele. Alguns poemas pessoais intermeiam a narrativa.
* O que pode ser melhorado: alguns erros ortográficos e de digitação que deveriam ser revistos.
(nota: 4,30 de 5,00)
CITAÇÃO: “A Juventude Franciscana da Pompéia, no auge do movimento, chegou a ter 150 jovens de ambos os sexos e diferentes idades em seus quadros. Documentos se perderam ao longo do tempo, o que impede que citemos aqui os nomes de cada um. Apenas os que me vêem à memória.” (pág. 129)
RESUMO SINÓPTICO: “Neste livro, o autor descreve os hábitos, os costumes, o comportamento e o modo de pensar de pessoas, adultos e jovens, que viveram numa comunidade de bairro periférico, onde as normas e as regras sociais eram ditadas pela religião e o rigor dos padres capuchinhos.
Uma cidade onde havia bondes, trólebus e muito verde, em que não existia violência, ladrões eram só de galinhas, horas dançantes aconteciam em casas de famílias, medo se tinha de assombrações e homens escreviam versos, faziam  serenatas e ofertavam flores para a mulher amada.
Belo Horizonte, Bairro Pompéia, Capuchinhos e a JUF-Juventude Franciscana são o pano de fundo, o cenário e os personagens onde tudo se transcorre e se transforma.
Embarque nestas páginas de saudades. Você vai se emocionar lembrando dos Anos Dourados. Se nasceu depois, vai tomar conhecimento, rir, se espantar, achar exagero e até não acreditar que há bem pouco tempo atrás existia um Brasil tão carente e romântico, diferente do país de hoje.”
O livro faz um relato pessoal e nostálgico, sem ser no entanto uma biografia, de costumes, casos e fatos históricos ocorridos nos anos 50 e 60 no Bairro Pompéia/MG, na comunidade e na Juventude Franciscana da Pompéia (JUF). 
Fatos verídicos dos famosos Anos Dourados, transformados em ‘causos’ pela lembrança e imaginação do autor. Faz um pequeno resumo introdutório, contando como surgiu a Ordem dos Capuchinhos e sobre sua organização, situando o leitor no entendimento dos fatos discorridos no livro.
CITAÇÃO: “De tanto ler e manusear as contas correntes dos clientes, e que eram milhares, chegava os números das contas e até mesmo os saldos diários de muitos deles. Especialmente aqueles clientes que movimentavam mais. Bastava o cliente dizer o nome e a gente informava-lhe de pronto o número de sua conta e o saldo naquele momento.” (pág. 198)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR: O relato nostálgico e até certo ponto romântico de uma infância pobre, porém carregada de orgulho; sem a tecnologia atual, entretanto, cheia de brincadeiras de rua, onde se tinha contato pessoal, onde os padres dominavam a sociedade e se tinha respeito a eles e aos pais. 
O relato saudosista e histórico que traz à luz do conhecimento uma época sem a malícia da atualidade, deixou-me encantada. Algumas pessoas que gostam apenas de literatura fantástica, poderão não se identificar com a leitura, mas não foi o meu caso, porque gosto de livros que retratam Histórias reais, falam de nossa cultura e contam uma época não vivida inteiramente por mim. 
Apreciei e muito a leitura, mesmo sem ser mineira. Fiquei imaginando quem é mineiro e viveu na mesma época... O autor também fez relatos do que acontecia no Brasil e no mundo naquela época, utilizando-se de artifícios como a narrativa pessoal, poemas e causos, o que tornou o livro descontraído e em certos momentos até engraçados em alguns relatos.
O que acredito que poderia ser melhorado é a supressão de alguns capítulos, pois tornaram-se repetitivos, fazendo alusão a mesma coisas várias vezes sem necessidade.
O livro é interessante e vale a pena a leitura, principalmente para quem não viveu em época tão rica e fascinante.
NOTA: 4,00 de 5,00
 
 
SOBRE O AUTOR: 
 
Guilherme Cardoso é o nome profissional de Guilherme Cardoso Dias Neto, natural de Nova Lima, MG. Com um ano de idade mudou para Belo Horizonte. Nasceu em 1944 e residiu até o ano de 1969 no Bairro Pompéia. Foi bancário, assessor pedagógico no Colégio Marconi, vendedor, micro empresário, assessor de comunicação, produtor de rádio e TV. Formado em Jornalismo, pós-graduado em Educação pela PUC e mestrado em Administração. Morou três anos nos EUA, é coordenador em BH do Movimento pelo Imposto Único e, desde 2003, tem um blog Cronista da Realidade, www.guilhermecardoso.com.br , onde escreve artigos sobre o cotidiano.
CHEIRINHOS
RUDYNALVA

2 comentários:

  1. aii deu até vontade de ler, vou ver se encontro por aquii

    http://luannaravanelli.blogspot.com.br/

    Ahhh tem sorteio no blog com 2 regrinhas bem simples, Passa lá

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  2. Luanna!
    O livro é ótimo realmente.
    A Editora Perse está vendendo.
    Vou lá no seu blog, pode deixar.
    cheirinhos
    Rudy

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