E estamos todos lá: no chato exercício da literatura
comparada. Melhor ainda: da gostosa comparada. Juliana é tão gostosa quanto e
isso é muito importante na adaptação do livro mais safado e feminista do
romance nacional. Lembro de ter ouvido durante a minha vida toda nos bancos
inúteis de colégios e faculdades que Jorge não fez literatura, fez putaria! Mas
esse sua obra representa a ruptura do próprio autor com a sua escrita antes
amarrada aos ideais estéticos da URSS de Stálin.
Quanto a esse novo Bataclã,
versão 2012, a
Globo enriqueceu tudo, até demais: não precisa conhecer o interior
da Bahia, ou ter vivido ali em qualquer século, pra saber ser impossível
aquele, digamos, chiquerrimo puteiro, mesmo levando em conta os anos de ouro do
cacau – hoje, passado bem remoto. Mal comparando, houve quem citasse até um
musical da Broadway – exagero, vai! Nem no Moulin Rouge, em Paris, deveria ser assim. Mas … tudo é arte!
E isso aqui não é um discurso de um nostálgico mal amado,
mas uma homenagem ao Jorge Amado. Mas, o que falta nesta nova versão da globo é
mais safadeza e soltura. Mesmo mostrando alguns peitinhos, bundas e cenas
bizarras de sexo aqui e ali em
HD. Falta inclusive o “desejo de macho” dos coronéis no
Bataclan.
E por mais que Ivete-Machadão incentive, há nessa dramaturgia apenas a sutil manifestação por uma trepadinha, não a malícia, não a putaria, para sermos óbvios, do velho e safado escriba baiano.
E por mais que Ivete-Machadão incentive, há nessa dramaturgia apenas a sutil manifestação por uma trepadinha, não a malícia, não a putaria, para sermos óbvios, do velho e safado escriba baiano.
fonte: LC
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