Um dos convidados da 22ª Bienal do Livro de São Paulo, que termina neste domingo no Anhembi, zona norte da cidade, o escritor baiano Elenilson Nascimento se diz especialista em um assunto que faz parte da vida de todos os brasileiros: a decepção com o Brasil. País que, segundo o autor de livros como Memórias de Um Herege Compulsivo, Clandestinos e Eu Tu e Todos no Mundo, só é sentido e apropriado pelas pessoas críticas nessas mudanças e falta de perspectivas capazes de tirar o equilíbrio e razão dos cidadãos. E que, para quem não sabe sonhar e ter esperança, pode ser um estorvo: pode tiranizar.
O autor participou de um debate na Arena Jovem ao lado dos autores Thalita Rebouças eJairo Bouer (ex-MTV) e polemizou ao confessar que, em sentido amplo, a utopia pode ser entendida como tudo o que ainda não foi tentado. “A importância da utopia é a de mover segmentos da população mais carente que estão insatisfeitos e que não são comprometidos com essa ordem sem atração existente”, disse Elenilson. Além de ter complementado: “Por isso que ela é essencial na democracia. A utopia é uma condição “sine qua non” do homem como ser, que deseja, que busca a superação, a transcendência, os sonhos”, concluiu.
fonte: Veja/SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário