“Tai-Pan”
é o segundo romance da chamada “Saga Asiática” de James Clavell, monumental
épico de milhares de páginas que cobre um período de centenas de anos, desde a
grandiosa aventura de “Xogum” no Japão de 1600 até o final do século XX.
Aqui
participamos da fundação de Hong Kong, em 1841. Dezenas de personagens deslizam
através das mais de 700 páginas do livro, entre europeus, americanos e
chineses, todos girando em torno do confronto entre Dirk Struan, o Tai-Pan (o
“número um” entre os mercadores) e seu arqui-inimigo Tyler Brock.
A
narrativa segue o mesmo estilão de “Xogum”, e encontrei muitas semelhanças
entre os protagonistas dos dois livros. Os heróis de Clavell não se distinguem
por serem particularmente nobres, e muitas vezes seus atos nos inspiram
antipatia. Aos poucos, porém, eles vão conquistando o interesse e por fim a
admiração do leitor.
O
início é bastante abrupto, com as ações ocorrendo de forma aparentemente
desordenada. Cheguei a suspeitar de dificuldades de tradução, mas lembro que
experimentei um estranhamento parecido ao ler “Xogum”. Depois, ou a narrativa
passa a seguir um fluxo mais suave ou é o leitor que se adapta ao ritmo da
prosa.
Uma
característica marcante na obra de Clavell é o impacto sensorial que ele
consegue transmitir em suas descrições dos costumes “civilizados” dos
ocidentais, em contraste com os hábitos “bárbaros” dos pagãos. Por
“civilizado”, entenda-se tomar banho o mínimo possível, uma vez que todos sabem
que os banhos são extremamente nocivos à saúde (como se acreditava na época de
“Xogum” e “Tai-Pan”).
Os
heróis, aliás, são os únicos que desafiam os costumes ocidentais e adotam o
hábito oriental de tomar banho diariamente. Todos os outros personagens
ocidentais de Clavell literalmente fedem! O autor é muito vívido na descrição
da porcaria e imundície que as pessoas consideravam parte de uma boa educação.
Para
mim foi difícil avaliar esse livro, pelas leituras prévias de outras obras do
mesmo autor. Gostei de “Tai-Pan”. Mas gostei muito mais de “Xogum”. E muito
muito muito mais gostei de “King Rat” (ou “Changi” na versão em português), a
primeira e prima obra de James Clavell.
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Aproveito para convidar você a conhecer o meu livro, O
SINCRONICÍDIO:
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LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
Adorei seu blog, já estou seguindo flor!!!!
ResponderExcluirSaindo um pouco do assunto do post kkkkkkk, amo livros de paixãaaaaaaaaao, sério mesmo, por isso gostei demais do seu blog.
Bjjs e Fica Com Deus!!!! =D
Valeu Beatriz querida pela visita, pelas palavras e boas energias, seja muito bem-vinda!
Excluirbjs
Fabinho!
ResponderExcluirBem, sou fã do James Clavell e seus livros cheios de detalhes e carregados de sentimentos.
A cultura asiática é diversificada.
Gostei da sinceridade de sua resenha.
cheirinhos
Rudy
Rudynha querida, valeu!!!
Excluirrarara viva a sinceridade!!!
beijo!