sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TAI-PAN – James Clavell



“Tai-Pan” é o segundo romance da chamada “Saga Asiática” de James Clavell, monumental épico de milhares de páginas que cobre um período de centenas de anos, desde a grandiosa aventura de “Xogum” no Japão de 1600 até o final do século XX.

Aqui participamos da fundação de Hong Kong, em 1841. Dezenas de personagens deslizam através das mais de 700 páginas do livro, entre europeus, americanos e chineses, todos girando em torno do confronto entre Dirk Struan, o Tai-Pan (o “número um” entre os mercadores) e seu arqui-inimigo Tyler Brock.

A narrativa segue o mesmo estilão de “Xogum”, e encontrei muitas semelhanças entre os protagonistas dos dois livros. Os heróis de Clavell não se distinguem por serem particularmente nobres, e muitas vezes seus atos nos inspiram antipatia. Aos poucos, porém, eles vão conquistando o interesse e por fim a admiração do leitor.

O início é bastante abrupto, com as ações ocorrendo de forma aparentemente desordenada. Cheguei a suspeitar de dificuldades de tradução, mas lembro que experimentei um estranhamento parecido ao ler “Xogum”. Depois, ou a narrativa passa a seguir um fluxo mais suave ou é o leitor que se adapta ao ritmo da prosa.


Uma característica marcante na obra de Clavell é o impacto sensorial que ele consegue transmitir em suas descrições dos costumes “civilizados” dos ocidentais, em contraste com os hábitos “bárbaros” dos pagãos. Por “civilizado”, entenda-se tomar banho o mínimo possível, uma vez que todos sabem que os banhos são extremamente nocivos à saúde (como se acreditava na época de “Xogum” e “Tai-Pan”).

Os heróis, aliás, são os únicos que desafiam os costumes ocidentais e adotam o hábito oriental de tomar banho diariamente. Todos os outros personagens ocidentais de Clavell literalmente fedem! O autor é muito vívido na descrição da porcaria e imundície que as pessoas consideravam parte de uma boa educação.

Para mim foi difícil avaliar esse livro, pelas leituras prévias de outras obras do mesmo autor. Gostei de “Tai-Pan”. Mas gostei muito mais de “Xogum”. E muito muito muito mais gostei de “King Rat” (ou “Changi” na versão em português), a primeira e prima obra de James Clavell.


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Aproveito para convidar você a conhecer o meu livro, O SINCRONICÍDIO:

Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI

Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/
 
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):


4 comentários:

  1. Adorei seu blog, já estou seguindo flor!!!!
    Saindo um pouco do assunto do post kkkkkkk, amo livros de paixãaaaaaaaaao, sério mesmo, por isso gostei demais do seu blog.
    Bjjs e Fica Com Deus!!!! =D

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    1. Valeu Beatriz querida pela visita, pelas palavras e boas energias, seja muito bem-vinda!
      bjs

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  2. Fabinho!
    Bem, sou fã do James Clavell e seus livros cheios de detalhes e carregados de sentimentos.
    A cultura asiática é diversificada.
    Gostei da sinceridade de sua resenha.
    cheirinhos
    Rudy

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    Respostas
    1. Rudynha querida, valeu!!!

      rarara viva a sinceridade!!!

      beijo!

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