Imagine
a cena: o detetive acaba de chegar à cena do crime, onde outros policiais já
estão trabalhando. Um dos investigadores está agachado, catando algo debaixo de
um móvel, o que faz com que seu traseiro fique voltado para cima. Então o nosso
herói avança intrépido, com o dedo em riste, e tome-lhe dedada!!!
Esse é
o detetive inspetor Jack Frost, da divisão de Denton, em Londres: um figuraça
boca suja, fumante inveterado, que pode perder o amigo, mas não perde a piada!
E aos poucos vamos sendo conquistados pelo charme tão diferente desse
anti-herói ao extremo. Pois no fundo no fundo, Jack Frost tem um bom coração!
A força
maior do livro está na construção desse rico personagem, e sua interação com os
outros policiais: a ambiciosa e determinada Liz, o puxa-saco e oportunista
Cassidy, o chefe Mullet, tão tipicamente chefe ao ter como prioridade exclusiva
sempre saber em quem colocar a culpa...
A trama
segue um estilo “realista”, apresentando diversos casos para serem resolvidos
por Frost e Cia: um menino morto, um sequestro com roubo, um criminoso
encontrado em avançado estado de putrefação... e por aí vai. Não há o mistério
no estilo “whodunit”, e sim um bom suspense que é acompanhar passo a passo as
diferentes investigações.
Passagens
hilárias entremeando a rotina de uma delegacia policial, recheadas com muitas
gírias londrinas: isso é Jack Frost!
Creio
que a série não foi publicada no Brasil. Se foi, deve ter dado um trabalhinho
extra ao tradutor!
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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:
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MANIFESTO: LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
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