sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A CIÊNCIA SAGRADA - Jnanavatar Swami Sri Yukteswar Giri



Esse é o livro mais sábio e profundo que já tive a oportunidade de ler. Foi escrito em 1894, por solicitação de Mahavatar Babaji, que na ocasião conferiu ao autor o título de Swami. Posteriormente o autor ingressou formalmente na ordem dos Swamis, adotando o nome de Sri Yukteswar, do ramo Giri (Montanha). Tempos depois, tornou-se o guru de Yogananda, o primeiro Yogue a trazer a Yoga para o Ocidente. Foi Yogananda quem primeiro chamou Sri Yukteswar de “Jnanavatar”, a “encarnação da sabedoria”.

O objetivo dessa pequena obra-prima (são menos de 100 páginas) é claramente expresso na introdução:

“O objetivo deste livro é mostrar tão claramente quanto possível, que há uma unidade essencial em todas as religiões; que não há diferença nas verdades incutidas pelas várias crenças; que há apenas um método pelo qual o mundo, tanto externo quanto interno, evolui; e que há uma só meta admitida por todas as escrituras. Mas esta verdade básica não é compreendida tão facilmente. A discórdia existente entre as diversas religiões e a ignorância dos homens, tornam quase impossível levantar o véu e vislumbrar esta grande verdade. Os credos alimentam um espírito de hostilidade e dissensão; a ignorância alarga o abismo que separa um credo do outro. Só algumas pessoas especialmente dotadas podem sobrepor-se à influência de suas crenças declaradas e perceber a absoluta unanimidade existente nas verdades propagadas por todas as grandes religiões.”

O livro divide-se em quatro seções. Na primeira delas, o autor traça um portentoso paralelo entre os Vedas hindus e o complexo e tão pouco compreendido Livro do Apocalipse.

Para absorver o máximo dessa obra magnífica, vou resenhar passo a passo, à medida que for lendo (voltei a ler do princípio).

Jai Guru!!!



Livres de Kali Yuga

Ainda na introdução, Swami Sri Yukteswar explica de forma sucinta e espetacular o conceito de “Eras” ou “Yugas”. Assim como a Lua gira em torno da Terra, e a Terra em torno do Sol, o nosso Sol também gira ao redor de uma outra estrela (Alcione) e executa um movimento ainda mais amplo com relação ao centro da Galáxia. Esse movimento do Sol é associado com o fenômeno da “precessão dos equinócios”, que faz com que o Sol pareça recuar na Eclíptica, do ponto de vista dos observadores na Terra.

Esses temas vêm ganhando progressiva atenção nos dias atuais, pois estão intimamente relacionados com as chamadas “profecias maias”, que também se baseiam na trajetória do Sol com relação ao centro da Galáxia.

A teoria dos “Yugas” é bem simples em sua essência: quanto mais próximo do centro da Galáxia estiver o Sol, mais desenvolvida estará a consciência da humanidade.

Em Kali Yuga o Sol encontra-se no trecho mais afastado do Centro. Durante esse período, a mente humana nada pode compreender além da materialidade mais grosseira. A fantástica contribuição de Swami Sri Yukteswar foi detectar um erro de cálculo ocorrido durante a verdadeira Kali Yuga (que o sábio situa entre 700 a.C. e 1.700 d.C.), fez com que essa era fosse calculada com a duração de 432 mil anos, quando sua duração de fato é de “apenas” mil e duzentos anos (duplicado para dois mil e quatrocentos anos por seguir a fase ascendente à descendente). Só por essa contribuição “A Ciência Sagrada” já mereceria figurar entre os grandes tesouros do conhecimento humano, por nos livrar da sombria perspectiva de 400 mil anos de trevas!

Segundo Sri Yukteswar, o ponto mais baixo da trajetória do Sol ocorreu em 500 depois de Cristo. Se observarmos a história humana conhecida, veremos que esse foi um período de retrocesso e ignorância sem igual.

A era seguinte, Dwapara Yuga, permite ao homem compreender fenômenos mais sutis como a eletricidade e o magnetismo. Não é a toa que as primeiras descobertas da ciência a respeito tenham ocorrido entre 1.600 e 1.700 d.C., justamente na transição entre Kali e Dwapara.

Dwapara sinaliza ainda um grande avanço da ciência, com invenções que “anulam a ilusão da distância”, e um crescente florescimento das mulheres no poder.

Em Treta Yuga a mente torna-se familiarizada com fenômenos como a telepatia e a clarividência. E finalmente, em Satya Yuga, o homem torna-se capaz de compreender toda a verdade a respeito do mundo.

Essas quatro eras alternam-se em ciclos ascendentes (como o que vivemos atualmente) e descendentes, quer o Sol esteja se aproximando do Centro ou dele se afastando.

A correspondência dessa explanação das Yugas com o calendário maia é verdadeiramente impressionante. Só não consegui encontrar um paralelismo perfeito na datação do momento atual, que para bater com a falada “Manhã Cósmica” das profecias maias deveria incidir em  plena Treta Yuga, e não em começos de Dwapara Yuga, como proposto por Swami Sri Yukteswar.

Essa questão há muito tempo me intriga, mas decidi pelo momento deixá-la de lado. Está próximo o tempo de saber a resposta!

Jai Guru!


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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:

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MANIFESTO: LEIA AGORA (porque não existe outro momento):

2 comentários:

  1. Com todo respeito ao sábio, quando refere que "a Terra gira em torno do Sol", as afirmações mais recentes indicam que o que ocorre é o contrário: a Terra é Plana e estacionária. O Sol, como a lua é que giram em seu entorno.

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