Esse é
o livro mais sábio e profundo que já tive a oportunidade de ler. Foi escrito em
1894, por solicitação de Mahavatar Babaji, que na ocasião conferiu ao autor o
título de Swami. Posteriormente o autor ingressou formalmente na ordem dos
Swamis, adotando o nome de Sri Yukteswar, do ramo Giri (Montanha). Tempos
depois, tornou-se o guru de Yogananda, o primeiro Yogue a trazer a Yoga para o
Ocidente. Foi Yogananda quem primeiro chamou Sri Yukteswar de “Jnanavatar”, a
“encarnação da sabedoria”.
O
objetivo dessa pequena obra-prima (são menos de 100 páginas) é claramente
expresso na introdução:
“O
objetivo deste livro é mostrar tão claramente quanto possível, que há uma
unidade essencial em todas as religiões; que não há diferença nas verdades
incutidas pelas várias crenças; que há apenas um método pelo qual o mundo,
tanto externo quanto interno, evolui; e que há uma só meta admitida por todas
as escrituras. Mas esta verdade básica não é compreendida tão facilmente. A
discórdia existente entre as diversas religiões e a ignorância dos homens,
tornam quase impossível levantar o véu e vislumbrar esta grande verdade. Os
credos alimentam um espírito de hostilidade e dissensão; a ignorância alarga o
abismo que separa um credo do outro. Só algumas pessoas especialmente dotadas
podem sobrepor-se à influência de suas crenças declaradas e perceber a absoluta
unanimidade existente nas verdades propagadas por todas as grandes religiões.”
O livro
divide-se em quatro seções. Na primeira delas, o autor traça um portentoso paralelo
entre os Vedas hindus e o complexo e tão pouco compreendido Livro do
Apocalipse.
Para
absorver o máximo dessa obra magnífica, vou resenhar passo a passo, à medida
que for lendo (voltei a ler do princípio).
Jai
Guru!!!
Livres de Kali Yuga
Ainda
na introdução, Swami Sri Yukteswar explica de forma sucinta e espetacular o
conceito de “Eras” ou “Yugas”. Assim como a Lua gira em torno da Terra, e a
Terra em torno do Sol, o nosso Sol também gira ao redor de uma outra estrela
(Alcione) e executa um movimento ainda mais amplo com relação ao centro da
Galáxia. Esse movimento do Sol é associado com o fenômeno da “precessão dos
equinócios”, que faz com que o Sol pareça recuar na Eclíptica, do ponto de
vista dos observadores na Terra.
Esses
temas vêm ganhando progressiva atenção nos dias atuais, pois estão intimamente
relacionados com as chamadas “profecias maias”, que também se baseiam na
trajetória do Sol com relação ao centro da Galáxia.
A
teoria dos “Yugas” é bem simples em sua essência: quanto mais próximo do centro
da Galáxia estiver o Sol, mais desenvolvida estará a consciência da humanidade.
Em Kali
Yuga o Sol encontra-se no trecho mais afastado do Centro. Durante esse período,
a mente humana nada pode compreender além da materialidade mais grosseira. A
fantástica contribuição de Swami Sri Yukteswar foi detectar um erro de cálculo
ocorrido durante a verdadeira Kali Yuga (que o sábio situa entre 700 a.C. e
1.700 d.C.), fez com que essa era fosse calculada com a duração de 432 mil
anos, quando sua duração de fato é de “apenas” mil e duzentos anos (duplicado
para dois mil e quatrocentos anos por seguir a fase ascendente à descendente).
Só por essa contribuição “A Ciência Sagrada” já mereceria figurar entre os
grandes tesouros do conhecimento humano, por nos livrar da sombria perspectiva
de 400 mil anos de trevas!
Segundo
Sri Yukteswar, o ponto mais baixo da trajetória do Sol ocorreu em 500 depois de
Cristo. Se observarmos a história humana conhecida, veremos que esse foi um
período de retrocesso e ignorância sem igual.
A era
seguinte, Dwapara Yuga, permite ao homem compreender fenômenos mais sutis como
a eletricidade e o magnetismo. Não é a toa que as primeiras descobertas da
ciência a respeito tenham ocorrido entre 1.600 e 1.700 d.C., justamente na
transição entre Kali e Dwapara.
Dwapara
sinaliza ainda um grande avanço da ciência, com invenções que “anulam a ilusão
da distância”, e um crescente florescimento das mulheres no poder.
Em
Treta Yuga a mente torna-se familiarizada com fenômenos como a telepatia e a
clarividência. E finalmente, em Satya Yuga, o homem torna-se capaz de
compreender toda a verdade a respeito do mundo.
Essas
quatro eras alternam-se em ciclos ascendentes (como o que vivemos atualmente) e
descendentes, quer o Sol esteja se aproximando do Centro ou dele se afastando.
A
correspondência dessa explanação das Yugas com o calendário maia é
verdadeiramente impressionante. Só não consegui encontrar um paralelismo
perfeito na datação do momento atual, que para bater com a falada “Manhã
Cósmica” das profecias maias deveria incidir em
plena Treta Yuga, e não em começos de Dwapara Yuga, como proposto por
Swami Sri Yukteswar.
Essa
questão há muito tempo me intriga, mas decidi pelo momento deixá-la de lado.
Está próximo o tempo de saber a resposta!
Jai
Guru!
***///***
Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:
Booktrailler:
Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/
***///***
MANIFESTO: LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
Com todo respeito ao sábio, quando refere que "a Terra gira em torno do Sol", as afirmações mais recentes indicam que o que ocorre é o contrário: a Terra é Plana e estacionária. O Sol, como a lua é que giram em seu entorno.
ResponderExcluirsó sei que nada sei
ResponderExcluir