terça-feira, 14 de maio de 2013

AS NUVENS – Aristófanes






Bem...eu ando de volta a época grega. Acho que ando muito cansada do mundo moderno...ahahah
Adoro esse comediante crítico ateniense do séc. IV  a.C  que viveu em prol da tão sonhada solidariedade as minorias, da verdade e da ética que buscamos até os dias atuais.  É lendo esses autores muito antigos que entendemos que nadaaaaa mudou...os problemas continuam estáticos como no passado.  Aff...mundo moderno...BAN.

Essa obra foi escrita em 423 a.C e o autor faz um paradoxo divertido entre os sofistas e Sócrates de forma ímpar, acusando estes de serem  ervas daninhas sociais. O autor ridiculariza a pretensão de ‘donos da verdade absoluta’ dos deuses da retórica. Existe também uma acusação crítica muito divertida a filosofia ateísta, a ética e a pedagogia dos sofistas. Para ele a remuneração desses educadores da elite não passava de um estelionato, uma vez que os sofistas passaram a exercer na época o papel de mestres da sabedoria remunerados. Ahahah  Suas obras vão além de uma simples crítica, caindo nos braços de um alerta com um olhar bem aguçado e corajoso.  

Enfim....esse autor combatia muito ferrenhamente  e agressivamente os demagogos, a política, a sociedade aristocrática  egoísta e fútil, e até mesmo os deuses de uma forma engraçada,  e levemente poética. Para nós é claro, pois para sua época era uma tremenda afronta.

Entre críticas e risadas o enredo conta a história de um fazendeiro, que se endivida por causa das falcatruas de seu filho, e que por conta disso procura Sócrates na escola socrática, com fim de  ajudá-los a resolver essa enrascada através dos ensinamentos de sua  retórica, que abraçava a filosofia do justo e do injusto. Através dos ensinamentos de Sócrates ao rapaz, o fazendeiro e seu filho conseguem  se livrar dos credores, porém  o rapaz através também desses ensinamentos torna-se capaz de tornar justa as agressões físicas a seu próprio pai. Revoltado o fazendeiro resolve incendiar a escola sofista.




A titularidade é bem complicada de perceber...uma vez que simboliza a leveza x violência e principalmente a mutação do saber, bem dentro da reflexão filosófica sofistas do justo x injusto. Explicando melhor, as nuvens vêm a simbolizar a leveza e a sutileza de um saber, que pode  ocultar a arte de enganar, tornando as leves nuvens mascaradas em grandes tempestades. Lindaaaa  metáfora e eu ameiii! 
Quem leu o Banquete  conheceu esse autor  pelas mãos de Platão...linda obra e eu recomendoooo!!!

Um comentário:

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