Foi muito
difícil separar o amigo do autor, mas vamos lá tentar a imparcialidade....e
fechar o ano sem pendências literárias, se é que isso é possível. Ahahah
Já na primeira
página podemos sentir que a obra vai se compondo por vários diferenciais...epígrafo,
início de capítulo com indicações do I Ching sem cronologia, algo místico no
ar....
Intrigada pelos
entrelaçamentos inicias fui sendo conduzida a muito mais questionamentos. Aos poucos
, cheio de sensualidade e mistério o
autor nos conduz ao final do 1º capítulo, abrindo um leque de possibilidades.
Deliciosamente troca
os travessões por aspas e eu nem notei, pois Black Sabbath tocava em meus
ouvidos. A demonstração clara da cultura diversa que vamos encontrar na obra
fica clara...e Black Sabbath toca!!!!
O narrador vilão
ainda anônimo, comanda a construção do anti-herói e novos mistérios nos conduzem aos novos
capítulos, sobre o som agradável da música, da arte, da sensualidade e da crítica,
que aliás é lindamente marcada pelos 64 hexagramas do I Ching...um primor!
Parei a leitura para
as muitas reflexões que a obra me
conduziu, e ali bem na minha frente ilusória literária....Fábio me sorria!!!
De novo a sensualidade
ditando memoráveis observações masculinas sobre as intimidades femininas e
fetiches. Citações humanistas iluminam as páginas fazendo de novo eu lembrar do
autor.
Uma nova forma
de diálogo se abre com as aspas fazendo com que a atenção do leitor redobre.
Bem, eu estou muito acostumada com Saramago nas suas quebras de paradigmas. Ahahahah
O autor dita
através dos personagens breves críticas políticas, muito pertinentes nos dias
de hoje e espelha claramente o seu sonho de conhecimento humano, a partir de novos
modelos de evolução e tecnologias, entrelaçados com seres humanos mais ou menos
humanos.
Pequenas lições
de cromoterapia me fizeram rir...e isso me dizia que meus chakras estavam felizes!!!!
Dostô,
Shakespeare, Goethe e Bach se misturam no mistério da obra....que lindooo!!! Minhas
conexões terminais vermelhas, nessas alturas do campeonato, já estavam completamente
sincronizadas e enraizadas nas páginas e eu já era uma refém do autor.
Fábio ‘quase
escondido’ sobre o manto dos personagens vai aos poucos desvendando capítulo
após capítulo, além do mistério, uma vasta cultura para o leitor, e para os mais
íntimos sua própria imagem, em um jogo de palavras a que estamos acostumados a
vê-lo falar. ‘Elementar meu caro leitor....nada acontece por acaso.’ Uhuuuuu
Pretensão minha
achar que em muitas passagens existiu um pouco de mim nas lembranças....mas é
isso mesmo que acontece com as obras que chamo de chiclete, que algemam a gente
pelas páginas e nos fazem nos enxergar pelos parágrafos. ‘Die Kunst ist Lang; Und Kurtz ist unser
Leben.’ Na intimidade que já havia sido criada entre eu e a obra, eu sei e ela sabe....nada acontece por
acaso. É como se eu dissesse ao autor: o
que tu procurou em vários momentos está bem aqui dentro de mim...e eu sei bem
como leitora compulsiva que sou, a
diferença entre ler e estar, pois ‘é bem diferente estar dentro do livro.’
E eu continuo
acompanhando a trajetória do cavalo, que nessas alturas já estava sobre os
comandos dos 64 hexagramas, 64 posições do Kama Sutra, e as 64 casas do
tabuleiro de xadrez. A música também está presente pela obra como uma peça
viva...lindo!
Assassinos com
prática de ioga e alma do autor...não pude conter o sorriso de novo. ahahah
Sobre as luzes
de um pequeno abajur, o som dos Beatles, envolta em pura sensualidade e simples sacanagem a obra vai deixando os ‘50
tons que qualquer coisa’, de boca aberta...babando!
Por muitas
passagens eu encontrei a alma do autor, que abusava do direito ao
entrelaçamento de assuntos filosóficos, personagens memoráveis, citações
magníficas, críticas, música, sexo, vasta cultura e conhecimentos, religião,
misticismo, ficção, lirismo e rock and rolll....tudo isso envolto em pura
poesia e amor.
Parafraseando o
próprio autor...as palavras têm força! Ah Aristóteles com sua poética que amo.
E correndo sem trégua pelas criativas e envolventes páginas e páginas, que me
faziam cada vez mais refletir sobre o enorme conhecimento misto do seu teor, tive
a certeza que...essa obra foi escrita para mim! Ahahah
A vida real é
feita de pequenas tragédias, onde dor e prazer estão eternamente ligados. O
prazer é apenas a ausência da dor, já dizia Sócrates....o autor estava de novo
lendo a minha alma através de Sócrates, Aristóteles, pela Nona de Bethoven e
até mesmo Julio Verne. Aff como ele sabe fazer isso bem!
Ali estava Fábio sentado ao meu lado e ao lado de Azimov com sua ciência capaz de prever
o futuro, entrelaçando-o na obra com sua psico-história e de novo ele me
sorria!
A prostituição
das palavras é algo que nos acompanha, isso é fato, mas se um santo segundo o sânscrito
é somente aquele cara que ama a Deus e qualquer homem pode ser esse santo...EU
CONHEÇO ESSE CARA! Se eu fosse cantar de alegria pelo prazer dessa linda obra, que
começo, meio e fim me encantaram, eu apontaria para o autor e diria ‘esse cara é
vocêeeee!’. ahahah
Ainda sobre as
luzes de tanto conhecimento e reflexão, com o corpo e alma impregnados pelas
lindas mensagens que a obra me proporcionou, cheguei ‘infelizmente’ na última
folha, onde o prazer e a dor ligados intimamente estavam estampados. Feliz por tudo que li e infeliz por ter acabado...e lá na última página,
para minha felicidade vi meu nome nos agradecimentos. Eu estava mesmo dentro da
obra...isso não era ficção e por puro impulso levantei a saia e olhei minha bunda
no espelho. Vá que tinha alguma moedinha grudada, afinal aprendi com a obra que
‘os limites são aqueles que creditamos ter’ não é mesmo? ahahah
Te amooo Fábio!
Jai Guru!
ahhhhhh cara moon, traduzir uma obra nem é tão fácil assim, mas se ver contido nela, estar para ela como ela está pra o mundo é raro. então vivi contigo, através de suas palavras cada passagem e como já havia lido este livro maravilhoso consegui reviver os detalhes. belas palavras para um livro especial.
ResponderExcluira maior riqueza da vida são os amigos!!! valeu demais meu querido!!!
ExcluirMinha amiga Lua, não fiquei surpresa ao ler tamanha maravilha.
ResponderExcluirJá é sua a marca das grandes resenhas.
E com maestria você desfilou pelas palavras dessa obra fantástica de Fabio querido.
Gratidão meus amores.
Saiu como anônimo,
ExcluirSou eu, Nora Abreu.
Amo, amo!
Te amo Norita!!! Muita expectativa para saber o que você vai achar do livro!!!
ExcluirRodolfo
ResponderExcluirÉ difícil mesmo traduzir uma obra....sempre falta muito a dizer mesmo. Cada olhar tem uma percepção, uma emoção...por isso amo as trocas. Aprendo tanto com outros olhares. Mas não era ficção...eu estou nela mesmo, sem moedinha, mas estou e com certeza ela também está em mim. ahahah
Nora
Anônima se declarando? ahahah Te amo amiga!
sua lindona!!!!
ExcluirVou reagir com a resenha como reagi ao livro: Uau! Você conseguiu pegar bem o espírito do livro, e olha que tem o que tirar dali: ô homem que tem assunto, gente! Uma das coisas que achei mais bacana, aqui e ali rola uma informação, um detalhe que "talvez" não tenham nada com a trama (e ao mesmo tempo tem tudo, "não existem coincidências), que nos faz ver que, quando a pessoa tem conteúdo, isso flui dela com naturalidade. Valeu, Moon.
ResponderExcluirQue alegria imensa, Andreia querida!!! Lembro da gente conversando sobre leituras há anos, e que felicidade que esse livro seja o tema da conversa de hoje!!! beijo beijo beijo!!!
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