quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A ARTE DA VIDA – Zygmunt Bauman



Adoroooo esse sociólogo polonês nascido em 1925, que teve muitas de suas obras censuradas. Apesar de muitas obras publicadas, apenas algumas foram traduzidas para o português...que pena!

Obra editada no Brasil em 2009, aborda sua teoria do mundo líquido x felicidade, onde cada ser humano se torna artista de sua própria história...lindooo!!! Sua fala é de difícil compreensão a primeira vista, pois a linguagem acadêmica filosófica merece muita reflexão e tem que ser degustada em pequenas partes, enfim...não é uma obra de fácil digestão por seu teor político muito aprofundado e elevado, apesar de sua titularidade romântica.

Centra a obra no consumismo animalesco que povoa a sociedade moderna, porém apesar desse olhar crítico ele nos traz a visão da vida como uma obra de arte carregada de angustias, escolhas e incertezas. Suas reflexões abraçam a busca constante pela felicidade, que firma como epicentro da vida humana moderna. Segundo o autor a felicidade é mutante, isso é, quando alcançada ela muda de rumo para um novo objetivo...uma busca incansável e insaciável por algo que uma vez atingida torná-se somente o caminho para nova imagem e meta sonhadora.

Brilhantemente nos mostra a influência da sociedade em nossas escolhas, rumos e ideais de felicidade, e a luta e risco de cada um para se inserir numa sociedade cada dia mais seletiva, tanto na ordem social como econômica. Bauman aponta uma ilusão de felicidade centrada no consumismo...a felicidade verdadeira não pode ser comprada com o dinheiro. Não se compra amor, amizade, respeito num simples débito automático...ahahah, porém o comércio insistem em vender a felicidade material, como forma de substituir a felicidade abstrata não alcançada. Essa felicidade comprada afasta cada dia mais o ser humano da felicidade plena, tornando-a inalcançável e  fonte de busca interminável.

O consumismo selvagem da vida moderna nos faz crer que o principal meio de atingirmos a felicidade é através da mercadoria....uma grife por um aceitação social, por uma identidade diferente e comprada, o que pode nos levar a mudanças constante de comportamentos e desejos de felicidade.




Segundo o autor, é  o destino quem determina as nossas opções, mas é o nosso caráter que decide o caminho....Lindoooooo!

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