Desde
que assisti “A Pele que Habito” fiquei doido para ler esse livro, no qual o
filme foi baseado. É que sou fã do Almodóvar, e sei que ele gosta de recriar as
histórias que adapta para o cinema, a exemplo do magistral “Carne Trêmula”,
baseado no igualmente fabuloso “Carne Viva” de Ruth Rendell.
Pois
então, a história de “A Pele que Habito” é muito forte, e fiquei com uma
sensação de que o Almodóvar foi bem criativo em sua versão. E, de fato, a
história narrada em “Tarântula” tem várias e significativas diferenças da
história no filme. A impressão final que tive foi que o autor Thierry Jonquet
quis descrever um pesadelo, enquanto Almodóvar ficou tentado a elaborar uma
fantasia...
Gostei
muito das duas versões e saboreei as diferenças. No entanto, tive ao assistir o
filme e ao ler o livro uma mesma e estranha insatisfação... é que a ideia que
inspira a trama é tão, mas tão poderosa (contar que ideia é essa seria grave
pecado de spoiler), que a impressão que dá é que qualquer tentativa de
transformar essa fortíssima ideia em uma narrativa acaba gerando alguma
frustração. Um raro caso em que o mote da trama é mais forte que a habilidade
de contar a história. Em todo caso, recomendo tanto o livro quanto o filme: a
diversão é garantida em ambos!
***
O SINCRONICÍDIO
agora sim, caro Fabio, você me deixou curiosíssimo. já assisti ao filme e gostei demais, e bem sabia que almodóvar usaria de sua criatividade pra contar a "sua" versão da história. e qual seria a tal "inspiração" que você citou? sua resenha não abre nada, só instiga, uma covardia de mestre!
ResponderExcluir