Que
alegria linda participar de mais esse momento poético coletivo! E que bom ver
tanta gente boa dedicando energia amorosa à Poesia!
Ao
ler as belas poesias de meus colegas, me vi refletindo sobre o que motiva a
produção poética. Muitos escrevem para extravasar as dores e delícias do amor,
outros para expressar sentimentos profundos que talvez nem tenham nome. Alguns
fazem poesia para falar sobre paradoxos da sociedade, para protestar contra
injustiças, para celebrar inusitados momentos de beleza. Mas de modo geral as
melhores poesias têm em comum o anseio de exprimir o indizível, a necessidade
de explicitar o invisível, a fome de apreender o incompreensível!
Fiquei
feliz com minha modesta contribuição à antologia, três poeminhas que aglutinei
sob o título de “Preces”:
*
Auto de Fé
Ver em tudo sempre Deus o Criador.
Ver em tudo sempre reverência e amor.
Na luz e na sombra, beleza e terror,
ver em tudo pétalas da mesma Flor.
**
Aos Pés de Mainha
Que bom poder voltar aos pés de minha Mãe,
diante dos quais eu já deitei tanta oração,
voltar aos mesmos pés com um novo coração,
com muito menos medo e bem mais gratidão!
***
Oração do Vaso
Mesmo sentado no trono
Onde todos os homens são iguais,
Mesmo fazendo cocô
Continuo sendo filho de meu Pai.
Mesmo na sarjeta do engano
Onde todo mundo um dia cai,
Mesmo que na lama eu me banhe
Continuo sendo amado por minha Mãe.
Muitíssimos
parabéns à Cogito Editora e ao heróico Ivan de Almeida, organizador do livro.
Viva
a Poesia!
***
MANIFESTO
– Mensageiros do Vento
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