Brutal
e avassalador!
Li
com horrorizado fascínio cada uma das 400 páginas deste livro, capturado pelo
mesmo magnetismo da violência que me fez ficar grudado na poltrona do cinema
durante cada segundo do filme. E pensar que tanta brutalidade e selvageria são
cada vez mais banais no mundo!
A
leitura traz também a possibilidade de muitas reflexões. Penso que por detrás
da brutalidade dos criminosos de favelas como a “Cidade de Deus” está a
brutalidade do sistema, a brutalidade dos poderosos, a brutalidade da
indiferença dos ditos “cidadãos de bem” que acham normal que sua família tenha
teto e comida, acesso à educação, saúde e cultura, enquanto tantas outras famílias
não têm nada disso. O resultado da desigualdade é o câncer da criminalidade,
que adoece a sociedade inteira. O Rio de Janeiro hoje é escandalosa prova de
que ninguém fica imune aos devastadores efeitos de uma sociedade construída
sobre a desigualdade. Mesmo dentro dos condomínios fechados, cercados de vidros
blindados e seguranças armados, o medo penetra nos corações, tira o sono e a
paz dos “justos”.
Lendo
esse livro tão incômodo e necessário, pensei muito no lindo verso de Tom Jobim:
“É impossível ser feliz sozinho”.
Penso que esse verso reflete uma verdade muito mais profunda, que vai além da felicidade
romântica de um casal. A vida é coletiva, e tudo está conectado. Enquanto
houver uma criança chorando de fome, ninguém poderá ser realmente feliz neste
pequeno planeta. É impossível ser feliz enquanto existirem lugares como a
Cidade de Deus.
Depoimento
do autor Paulo Lins:
Trailer
do filme:
\\\***///
O SINCRONICÍDIO –
Fabio Shiva
“E foi assim que descobri que a inocência é
como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá
um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a
cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia
reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio.
Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios,
está marcado para morrer.
“Era para sermos
centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”
Suspense,
erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo.
Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo
(clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das
Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia
e descubra porque O Sincronicídio
não para de surpreender o leitor.
Livro físico:
http://caligoeditora.com/?page_id=98
eBook:
https://www.amazon.com.br/dp/B07CBJ9LLX?qid=1522951627&sr=1-1&ref=sr_1_1
Nenhum comentário:
Postar um comentário