sexta-feira, 2 de novembro de 2018

O QUARTO PROTOCOLO – Frederick Forsyth



Excelente thriller de espionagem que prende o leitor na história, da primeira à última página. Achei muito curioso o fato de o livro ter sido escrito em 1984, mas a história se desenrolar em 1986. Ou seja, quando foi publicado, O Quarto Protocolo fazia referência a acontecimentos em um futuro próximo. É portanto, um tributo ao talento do autor ler o livro em 2018, 34 anos depois, e constatar que a obra é igualmente empolgante ao ser lida como um “suspense histórico”.

Gostei tanto desse livro que coloquei Forsyth em um honroso 2º lugar de melhor autor de espionagem, atrás apenas do imbatível John Le Carré. Aliás, acabei fazendo uma possivelmente perversa graduação de cinco níveis de livros de espionagem, a partir dos principais autores que li:

NÍVEL 1: AGATHA CHRISTIE - “Vizinha Fofoqueira”
Tramas ingênuas, cavalheirescas e ufanistas, totalmente inverossímeis e chatérrimas. Note-se que nas histórias de assassinato Agatha é exatamente o oposto: ardilosa, maquiavélica, sinistra e irresistível!

NÍVEL 2: LEON URIS - “Boato Maldoso”
História cheia de clichês e estereótipos, xenofóbica, insuportável. Baseio essa qualificação na obra de propaganda disfarçada como romance que o autor intitulou “Topázio”.

NÍVEL 3: IAN FLEMING - “Hush Hush”
Fantasioso, porém delicioso! Ian Fleming foi o grande responsável pela aura de glamour que cerca as histórias de espionagem, com seu persistente 007, que já rendeu várias encarnações no cinema (claro que o Sean Connery é insuperável!).

NÍVEL 4: FREDERICK FORSYTH - “Só para seus olhos”
Trama bem construída, convincente e empolgante. Só comete o compreensível pecado de colocar britânicos como os grandes heróis, americanos como coadjuvantes e russos como os inevitáveis vilões.

NÍVEL 5: JOHN LE CARRÉ - “Top Secret”
Obras densas, angustiantes, escritas com grande conhecimento do ofício de espião e, sobretudo, do ofício de escritor. A única coisa que diferencia os heróis dos vilões é que eles sofrem mais com as ações repugnantes que todos precisam cometer em nome da honra e da virtude. Alta literatura dos tempos modernos!

Ainda sobre O Quarto Protocolo, um detalhe que me chamou a atenção foi a referência ao “serviço de desinformação”, extremamente ativo nos governos de direita e esquerda, muitos anos antes da Internet inaugurar a era das Fake News.


Trailer do filme (1987):

Wikipedia:


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O SINCRONICÍDIO – Fabio Shiva
 “E foi assim que descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.
“Era para sermos centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”
Suspense, erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo. Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo (clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia e descubra porque O Sincronicídio não para de surpreender o leitor.
 
Livro físico:
http://caligoeditora.com/?page_id=98
 
eBook:



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