quinta-feira, 25 de abril de 2019

A TURMA DA RUA QUINZE – Marçal Aquino



Gostei muito de ter lido esse livro, mesmo não tendo gostado tanto do livro em si. Explico: é que sou um grande fã da força imaginativa de Marçal Aquino, desde que assisti ao filme “O Invasor” (https://www.youtube.com/watch?v=yy5I164Ck6c), que tem roteiro dele. Fiquei impactado com o filme e já li o livro duas vezes – e estou guardando o exemplar para ler uma terceira, fato raríssimo comigo, que leio e passo adiante em 99% das vezes. Depois vi o filme “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios” (https://www.youtube.com/watch?v=edKYYoBKav4), também com roteiro dele, e daí virei fã de vez.


Tanto que ao encontrar esse “A Turma da Rua Quinze” no P.U.L.A. (Passe Um Livro Adiante) parei tudo o que estava lendo para devorar esse. Como leitor, fiquei um pouco frustrado ao ler essa história. Claro que não estava esperando uma trama tão intensa e asfixiante como a de “O Invasor”, por se tratar de um livro voltado para o público infantojuvenil. Contudo, por se tratar de livro da querida série Vagalume, minhas expectativas não eram menores, pois tinham como referência clássicos de Marcos Rey como “Mistério no Cinco Estrelas” e “O Rapto do Garoto de Ouro”, que foram os que achei mais na pegada desse do Marçal.


Sorte a minha que sou leitor e escritor, e que enquanto um se diverte, o outro aprende! Pois justamente o que fez o leitor não gostar tanto da história foi oportunidade de aprendizado para o escritor. A principal dificuldade que percebi na narrativa foi uma apresentação muito sucinta dos personagens. Quase não existem descrições físicas ou de personalidade, de modo que os rapazes e moças da turma não se distinguem muito uns dos outros, em minha opinião. Uma solução clichê seria criar algumas situações anedóticas no início da história, possibilitando revelar um pouco do temperamento de cada um.

Outro empecilho foi a repetição da mesma solução dramática, por três vezes. Não chega a ser um ponto falho, é questão de gosto, mas me pareceu um abuso do “Deus ex machina”.

Todas essas percepções resultaram em aprendizado, pelo que sou grato. Contudo o que me fez gostar mais de ter lido esse livro foi justamente comprovar que mesmo um grande talento como Marçal Aquino não nasce pronto, mas é capaz de evoluir a cada obra, ao longo do tempo. Essa comprovação reforça em mim o desejo e a determinação de me esforçar para que o escritor em mim possa se aproximar, um pouco mais a cada dia, dos altíssimos horizontes vislumbrados pelo leitor em mim. Que assim seja!


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Após o imenso sucesso do projeto POESIA DE BOTÃO, com a criação do jogo que ensina crianças a rimar e fazer poesia, é com muita alegria que comunicamos que o projeto vai virar um livro publicado pela Verlidelas Editora. Poetas de todo o Brasil já podem enviar seus poemas sobre o tema “Infância”. Está aberto o edital para a Antologia Poesia de Botão, confira no link abaixo:

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