quinta-feira, 30 de setembro de 2021

DE TODO O MEU CORAÇÃO: CEM POEMAS DE AMOR – Sonia Regina Villarinho

 


Existem muitos motivos para se encantar com “De Todo o Meu Coração: cem poemas de amor”, de Sonia Regina Villarinho. Começando, é claro, pelos próprios poemas em si, escritos com esmero e sensibilidade. Creio que muitos corações apaixonados encontrarão nas páginas desse livro aquele verso preciso e certeiro, que tem o poder de expressar em palavras os mais recônditos sentimentos.

Certamente não é por acaso essa vocação da poeta, de ser a porta-voz dos enamorados. Pois ela investiga, com a minúcia e o capricho de uma aluna estudiosa, todas as nuances do amor de par, em suas dores e alegrias, em suas alturas e abismos. Ler os poemas de Sonia Regina Villarinho é embarcar em uma montanha-russa de emoções.

Eu, pessoalmente, fiquei impressionado com o ritmo secreto que emana dos poemas de Sonia. Tal como o martelar inconsciente das batidas do coração, os versos são regidos por pulsações constantes, que vão embalando as palavras de amor em um suave bailado. Quase lemos os poemas marcando os compassos com um dedo ou com o pé, como se estivéssemos ouvindo uma bela canção. Apreciei muito também um recurso bem utilizado por Sonia e que vem se tornando raro nos poemas contemporâneos: a chamada “chave de ouro”, que encerra o poema expressando sua ideia central de forma surpreendente. Junto com o ritmo e as rimas, o uso da “chave de ouro” insere Sonia Regina Villarinho, ao meu ver, na nobre escola dos poetas de outrora.

Falei tanto sobre os versos que quase falta espaço para louvar a linda apresentação gráfica do livro, conduzida com brilhantismo por Sergio Carmach, editor da Verlidelas. Tive a honra e a alegria de participar do processo editorial, e dou testemunho do amoroso trabalho que foi feito em todas as etapas, começando pelas várias versões da capa, todas igualmente lindíssimas, até que se chegasse à que servia como um perfeito espelho para o coração da autora. Esse cuidado amoroso está também presente nos detalhes, desde as ilustrações em marca d’água na página que traz o título de cada poema até a própria escolha da fonte cursiva, que traduz o desejo da poeta de presentear seus leitores com um caderno escrito à mão, tal qual os originais de onde foram extraídos esses “cem poemas de amor”.

Durante o processo editorial tive a grata oportunidade de conversar muitas vezes pelo WhatsApp com Sonia, que hoje considero uma amiga muito querida. E esse foi para mim um ganho inesperado e precioso, de travar contato com uma pessoa tão doce, tão gentil, tão plena de luzes. Fiquei comovidíssimo com as lindas e inspiradoras histórias de seus tempos de professora, e espero que um dia ela atenda aos meus insistentes pedidos e coloque essas histórias no papel, seja em forma de poemas, crônicas ou mesmo de um romance autobiográfico. O mundo precisa desesperadamente dessas delicadezas.


   

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– CURA POÉTICA 2 –

 

Inscrições abertas

Premiação de R$ 500,00 para o melhor poema

https://www.verlidelas.com/cura-poética-2

 

Organizada por Fabio Shiva e Sergio Carmach, esta antologia será a quarta da série “Delirium Liricus”, que compara cada poesia a uma pílula, classificando-as como remédios (quando mais otimistas), venenos (quando mais pessimistas) e placebos (quando feitas para divertir, encantar).

 

Sendo a poesia uma ótima forma de se curar feridas da alma, a antologia “Cura Poética 2” é mais uma oportunidade para os poetas extravasarem o que trazem dentro de si nessa longa época de incertezas em que vivemos. Componha sua poesia - seja ela um remédio, um veneno ou um placebo - e nos envie.

 

Confira o edital:

https://www.verlidelas.com/cura-poética-2

 

Teaser:

https://youtu.be/mJlL7Eqa__M


 

 

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