Essa obra que faz parte dos meus
empoeirados, editada em 1999 de titularidade original 'Nigth of the Wolf', e o segundo volume da trilogia Roma me
surpreendeu. Achei que era somente um suspense banal, como aquelas histórias de
lobisomens que estamos acostumados a ler.
O enredo é simples, porém traz
uma reflexão muito sensível a respeito do homem animal.
O protagonista nasce lobo, mas
ganha o poder de voltar a ser humano e logo aprende que o mundo humano é muito
mais perigoso e selvagem que a escuridão das matas onde estava acostumado a
viver. E com esse viés gostoso, a autora vai nos abrindo um leque de defeitos e
sentimentos humanos que passam dos limites do animalesco selvagem. Entre corrupção, traição, desamor, desrespeitos,
injustiças políticas e sociais, vinganças e muito ódio humano, o ingênuo lobo-homem
vai aprendendo e refletindo com o leitor sobre esses tristes sentimentos
humanos.
Linda a forma sensual com que a
obra delineia a beleza da mulher...na visão do lobo. Entre metáforas e
parágrafos poéticos, o lobo homem compara a mulher, a beleza da natureza de
forma linda e suavemente lírica. E dentro desse aroma de sedução e beleza, ele
esquece o ritual sexual do lobo, mas não seu instinto animal e enfim conhece a
magia do amor humano.
Muito simpática a forma como a
autora entrelaça a lenda lobisomen com a história grega real, dando a sensação
que tudo faz parte de uma fantasia histórica. O explendor dos bosques da Gália,
de mãos dadas com as conquistas de Júlio Cesar e a beleza de Roma..Eu
adoreiiii e recomendo! Aliás a autora é irmã nada mais nada menos do que Anne Rice. Aquela
que escreveu Entrevista com o Vampiro, Rainha dos Condenados, O Vampiro Lestat, Memnoch the Devil....sentiram o
nível né?
“Os humanos, em sua cegueira
pensam que a inteligência tem um único caminho: o seu! (...) Nenhum de nós é
uma só coisa. Não mais do que um arbusto, uma árvore ou inclusive uma má
vegetação. Somos uma combinação de muitos fatore, formas, tamanhos, aromas,
movimentos e hábitos. Cada um chocando com a consciência do outro...De outros a
que nunca vemos.”
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