Fiquei anos com uma penca de livros do
Camus esperando pacientemente que chegasse a hora de serem lidos. Mas por um
motivo ou por outro sempre acabava outro livro passando à frente na fila.
Olhando em retrospecto, entendo porque adiei tanto abrir um livro do Albert
Camus:
1) Tinha medo de que o livro fosse
chato.
2) Tinha medo de que o livro fosse
triste e pessimista.
Agora sei que o meu PRECONCEITO é que
era chato, triste e pessimista. Pois Camus não é nada disso. Não se ganha um
prêmio Nobel de Literatura à toa.
A prosa de Camus é descomplicada,
simples e direta, livre de subterfúgios. Essa foi a primeira e agradável
surpresa. Sobre a história, prefiro não comentar nada, para não macular a
experiência de quem ainda não leu. Só adianto que, à semelhança de “Crime e
Castigo” de Dostoievski, “O Estrangeiro” também pode ser considerado um tipo
muito peculiar de romance policial.
Outro preconceito que eu tinha a
respeito de Camus é pensar que seu texto era parecido com o de Sartre (li “A
Náusea” há muitos anos, mas confesso que gostei bem pouquinho). E outra
surpresa: ao menos neste livro, Camus está muito mais irmanado com Kafka,
principalmente em seu “O Processo”.
Um livro que convida o leitor a
experimentar vividamente o Absurdo.
Achei muito interessante a experiência!
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Conheça O SINCRONICÍDIO:
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
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