Obra
psicografada, ditada pelo mentor de Chico Xavier, Emmanuel, que é uma espécie
de continuação de “Há Dois Mil Anos”, onde ficamos conhecendo a história de Publius
Lentulus, encarnação de Emmanuel que foi contemporânea a Jesus. “50 Anos Depois”
mostra que o orgulhoso senador romano reencarnou como um escravo, o sábio Nestório.
Mas a protagonista dessa história é a jovem Célia, que se converte ao
cristianismo e o vivencia plenamente, em uma vida de sacrifício e altruísmo
dedicada a colocar em prática os ensinamentos de Jesus.
Essa
leitura me marcou muito, e reforçou minha convicção de que as obras
psicografadas não se destinam tanto a registrar fatos históricos precisos, mas
antes a apresentar verdades espirituais de forma simbólica e com a atraente
roupagem de histórias romanceadas. Foi muito interessante deparar com uma
narrativa que do ponto de vista da ficção seria altamente inverossímil e que como
fato histórico desafia toda suspensão da descrença, mas que faz pleno sentido
como um edificante ensinamento de cunho espiritual.
[Atenção:
o trecho a seguir pode ser considerado SPOILER.] A história de uma moça que
passa a vida disfarçada como homem até é crível, e encontra respaldo na vida de
Santa Marina, que apresenta curiosas semelhanças com alguns pontos da narrativa
de “50 Anos Depois”. Contudo, tive muita dificuldade em aceitar que uma
gravidez passe totalmente despercebida por um marido ou pai, que no dia
anterior ao parto convive com a esposa ou filha, aceitando como factível que no
dia seguinte exista um filho ou neto a mais na família... Essa situação só
adquiriu sentido para mim quando imaginei a história sendo ditada por um
espírito desencarnado e sintonizado em questões bem mais sutis e sublimes,
estando por esse motivo propenso a cometer esses deslizes ao narrar uma trama
envolvendo essas rudes minudências da carne... [fim do trecho com possível SPOILER].
A
sensação que tive ao ler esse livro foi semelhante à proporcionada pela leitura
de “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, outra obra de Chico Xavier,
ditada pelo espírito de Humberto de Campos. Penso que são livros repletos de
sabedoria e verdades espirituais, e que devemos lê-los imbuídos dessa
percepção. Talvez seja um erro buscar nessas obras evidências de cunho
histórico ou factual.
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590
Um experimento literário
realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é apresentar um diálogo
contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre as diversas vozes de
um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência e levá-la a um
surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar ondas, movimento
e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector, Ferreira Gullar, James
Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes influências. Por demonstrarem
que a literatura pode ser vista como uma caixa fechada, e que um dos papéis
mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa, testar os limites das
paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda de rock! É o que
encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento, disponível aqui. Leia e
descubra por si mesmo!
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590
Sim,na minha cidade já teve dois casos de duas moças que conseguiram esconder de todo mundo a gravidez,uma usando faixa na cintura e a outra já era gordinha por natureza,rs.
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