quinta-feira, 24 de junho de 2021

A CIÊNCIA SAGRADA – Swami Sri Yukteswar


Em 2020 consegui afinal ler do início ao fim essa obra magnífica, após ter lido nada menos que cinco vezes a primeira parte (são quatro ao todo), parando a cada vez e reiniciando a leitura, por achar sempre que tanto conhecimento e tanta sabedoria deveriam ser estudados de novo e de novo, de forma atenta e minuciosa. Por fim, cheguei à decisão de ler o livro todo e voltar a ler nos anos seguintes, sempre em data próxima ao nascimento de Swami Sri Yukteswar (10 de maio), de forma a sintonizar melhor a minha consciência com a excelsa consciência do Mestre.

Pois bem, no ano passado fiz a resenha da primeira leitura (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/05/a-ciencia-sagrada-swami-sri-yukteswar.html), detendo-me no fascinante debate sobre as Eras ou Yugas que a humanidade atravessa, alternadamente aumentando e diminuindo sua capacidade de compreensão das leis do universo à medida que nosso sistema solar se aproxima ou se afasta do centro da galáxia.

Nessa segunda leitura, o que mais chamou a minha atenção foi a quantidade de ensinamentos preciosos que só pude descobrir agora. Foram inúmeras as vezes em que me perguntei ao ler determinado trecho: “Como é que não reparei nisso na primeira leitura?” Ao meu ver, isso fala tanto da complexidade e profusão dos ensinamentos contidos nesse pequeno grande livro, quanto da nossa (da minha, ao menos) limitada e lastimável capacidade de reter novos aprendizados. Por isso é necessário repetir e repetir sempre!

Um dos ensinamentos que me marcaram dessa vez foi a detalhada explanação sobre o modo de alimentação mais adequado para os seres humanos. Após comparar a fisiologia (configuração dos dentes e olhos, trato digestivo etc.) de animais herbívoros, carnívoros, onívoros (como o urso) e seres humanos, Sri Yukteswar conclui:

“Nos homens de todas as raças constatamos que os sentidos do olfato, audição e visão nunca os levam a abater animais; ao contrário, eles não podem suportar sequer a visão de tais matanças. Sempre se recomenda que os matadouros fiquem bem afastados das cidades; os homens, com frequência, aprovam leis rigorosas proibindo o transporte a descoberto de carnes para consumo. Pode a carne, então, ser considerada o alimento natural do homem, se tanto seus olhos quanto seu nariz são tão contrários a ela, a menos que disfarçada pelos sabores de condimentos, sal e açúcar? Por outro lado, quão delicioso achamos o aroma das frutas, cujo simples olhar sempre nos deixa com água na boca! Também se pode notar que vários grãos e tubérculos têm aroma e sabor agradáveis, embora fracos, até mesmo quando não foram preparados. Logo, mais uma vez, somos levados a concluir a partir dessas observações que o homem foi destinado a ser um animal frugívoro.”

Outra percepção marcante foi a ênfase dada ao Amor como meta final de toda sabedoria, ensinamento que é repetido em vários trechos do livro e que encontra sua síntese nessa bela citação dos versos de Sir Walter Scott:

“Na corte, na vila e no bosque, o amor é senhor,

E dos homens na terra e dos anjos no céu;

Pois o amor é o paraíso, e o paraíso é o amor.”

Já aguardo em feliz expectativa pela ocasião de ler essa obra sublime pela terceira vez. Jai Paramguruji! Jai Gurudev!



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MANIFESTO – Mensageiros do Vento

http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590

 

Um experimento literário realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é apresentar um diálogo contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre as diversas vozes de um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência e levá-la a um surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar ondas, movimento e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector, Ferreira Gullar, James Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes influências. Por demonstrarem que a literatura pode ser vista como uma caixa fechada, e que um dos papéis mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa, testar os limites das paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda de rock! É o que encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento, disponível aqui. Leia e descubra por si mesmo!

http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590

 

  

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