Toulouse Valmorain recebe uma carta de seu pai pedindo que vá até a colônia de Saint- Domingue porque ele estando adoentado e impossibilitado de administrar os negócios, necessita da presença do filho.
Valmorain viaja à colônia achando tratar-se de alguma indisposição ou febre passageira. Chegando lá, encontra-o em estado terminal e submerso em dívidas. Ele estranha o fato de que a colônia produtora de açúcar que abastece toda a Europa sedenta deste ouro branco pudesse estar dando prejuízo. Com a morte do pai, Valmorain encontra-se num dilema: volta para a França onde leva sua vida de jovem nobre e vê sua família sucumbir na decadência, ou instala-se em Saint-Domingue a fim de recuperar a prosperidade de suas terras.
Esta obra é um romance que reúne a história da independência do Haiti, a luta dos escravos pela liberdade e a poesia da visão de mundo de uma jovem escrava, Zarité , que encontra alento e fantasia na dança e nos sons dos tambores que a transportam a uma ilha sob o mar.
A narrativa é marcada por forte carga emocional. A personagem atribui vida aos instrumentos musicais. É como ela sente o momento do ritual, do transe, do encontro com o outro mundo, o mundo dos loas (deuses).Os sons dos tambores representam o que eles ainda têm deles mesmos, é todo o som de uma cultura sufocada, é o ritmo de toda uma raça sublimada entoada na voz de Honoré:
“Dance, dance, Zarité, porque escravo que dança é livre... enquanto dança”.
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