Decidi ler Ensaio após assistir sua versão para o cinema. O filme de Fernando Meirelles me fez sair da sala impactada, mas por mais que ele tente ser fiel, não consegue transmitir a confusão de sentimentos que José Saramago me fez sentir meses depois a cada virada de página.
Eu poderia dar diversas interpretações, dizendo que o livro é uma provocação sobre o que o homem pode fazer em situações de caos, ou simplesmente, por saber que ninguém está olhando. Afirmar que é um livro crítico ao governo, que se livra dos indesejados em qualquer lugar, sem perceber que o mesmo mal irá lhe afligir cedo ou tarde. Ou que trata sobre a covardia humana, onde a maioria se encolhe ao que fala mais alto. Talvez acreditar que se trate do machismo (que exige o sacrifício feminino) e do orgulho que esse possui (onde a mulher do outro pode ir, mas a minha não). Ou resumir em uma loucura total, onde o caos e situações bizarras se misturam.
Mas não. Ensaio não possui definição e nem um resumo apropriado, pois ele depende inteiramente da visão (ou falta) do leitor. É ele quem precisa mergulhar nessa história fantástica e identificar o que lhe atrai, tirando assim a venda sobre os próprios olhos.
Pois ao terminar a leitura, essa foi a minha conclusão: Ensaio sobre a cegueira trata unicamente da alma do ser humano, que apesar de enxergar o sinal de trânsito todo dia, permanece tateando na vida, o que me faz definir tudo em uma única frase: Cegos somos, e cegos continuaremos.
Eu poderia dar diversas interpretações, dizendo que o livro é uma provocação sobre o que o homem pode fazer em situações de caos, ou simplesmente, por saber que ninguém está olhando. Afirmar que é um livro crítico ao governo, que se livra dos indesejados em qualquer lugar, sem perceber que o mesmo mal irá lhe afligir cedo ou tarde. Ou que trata sobre a covardia humana, onde a maioria se encolhe ao que fala mais alto. Talvez acreditar que se trate do machismo (que exige o sacrifício feminino) e do orgulho que esse possui (onde a mulher do outro pode ir, mas a minha não). Ou resumir em uma loucura total, onde o caos e situações bizarras se misturam.
Mas não. Ensaio não possui definição e nem um resumo apropriado, pois ele depende inteiramente da visão (ou falta) do leitor. É ele quem precisa mergulhar nessa história fantástica e identificar o que lhe atrai, tirando assim a venda sobre os próprios olhos.
Pois ao terminar a leitura, essa foi a minha conclusão: Ensaio sobre a cegueira trata unicamente da alma do ser humano, que apesar de enxergar o sinal de trânsito todo dia, permanece tateando na vida, o que me faz definir tudo em uma única frase: Cegos somos, e cegos continuaremos.
Conheço o filme e o achei fabuloso. Eu sempre quis ler o livro, afinal Saramago foi um escritor maravilhoso!
ResponderExcluirAinda vou ler esse livro, que já esta na minha lista faz tempo... Definitivamente vou ler!
Eu tenho o DVD, e cada vez que eu assisto ao filme, fico mais convencida de que vivemos em um bréu total!
ResponderExcluirCom certeza irei ler essa obra magnifíca.
"O pior cego é aquele que não quer ver"... Eu adoro esse livro, foi o primeiro que li do Saramago, escritor que aprendi a amar. Gostei muito das suas considerações sobre o livro.
ResponderExcluirEste livro é um dos melhores que já li. É muito emocionante! Sua resenha está muito boa.Bju
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