terça-feira, 7 de junho de 2011
O psicopata americano - Bret Easton Ellis
É a história de um yuppie egocêntrico, megalomaníaco e muito rico, com uma noiva perfeitinha, mas que se sente entediado com a vida (qualquer semelhança com incendiários de índios é mera coincidência). Vive em um mundo em que a maior vitória é conseguir produzir cartões de apresentação mais finos que o de seus companheiros de farra.
Simplesmente devorei o livro. É duro ver o quanto a realidade pode ser mais chocante que o realismo fantástico, mesmo sabendo ser uma obra de ficção (ou não). É tão bizarro que me lembrei na hora do filme Veludo Azul, que também me causou repulsa e um caso de amor cult que trago até hoje.
Cenas escabrosas, inclusive com canibalismo, nos deixam desconsertados: o crime compensa. Assim como os bêbados, deve haver algum anjo que cuide dos loucos. Tem uma cena em que o maluco convida uma prostituta para uma festa e em determinado momento introduz queijo em suas partes pudendas e coloca um rato para degustar lá dentro. Non sense maior impossível. O imponderável é lugar comum neste livro. Mas não quero estragar a leitura.
Senti uma aversão tão grande pelo protagonista do livro, que pensei, Ellis só pode ser muito bom no que faz, ou também é um completo demente, tamanho o realismo das cenas. Nunca mais li nada do cara, uma pena, pois fiquei curioso pra checar algo mais, ainda mais com a polêmica que o mesmo gerou quando de seu lançamento. Já ouvi referências encorajadoras a respeito dos outros livros dele.
Virou filme com Christian Bale (o menino de Império do Sol e hoje conhecido como Batman do filme Begins, o melhor de todos) no papel do psicopata. O cara arrebentou.
Vale a pena lê-lo. Pra quem tem culhões e nervos de aço.
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