domingo, 12 de junho de 2011

A Rebelião dos Clones por Evelyn Lief

A Rebelião dos Clones
Evelyn Lief - 219 páginas - Editora Francisco Alves

Sinopse

"Tinham sido criados para o trabalho escravo; para o transplante de órgãos, a fim de prolongar a juventude dos Autênticos. dos nascidos de pai e mãe, gerados no ventre; para experiências em laboratórios; para serem acoplados a computadores, a fim de colcoar o cérebro humano a serviço das máquinas.
Produzidos a partir de células retiradas de humanos, eram tratados como simples coisas, como objetos disponíveis, sem vontade, sem direitos, sem consciência própria.
Mas eles haviam desenvolvido poderes mentais insuspeitados - e um dia se rebelaram contra os seus criadosres!
Evelyn Lief, uma autora nova, de concepção social literária, aborda o tema apaixonante do futuro da engenharia Genética. Lançada pela prestigiosa Pocket Books dos Estados Unidos, e agora pela Coleção Mundos da Ficção Científica, da Francisco alves sob coordenação de Fausto Cunha.
A autora imagina um futuro não muito remoto aonde um cientista, Paul Menard, consegua acoplar um cérebro de um clone a um computador. A partir desse momento, a técnica se desenvolve e os planetas passam a depender dessa acoplagem para todas as suas atividades básicas.
De repente em vários planetas, o sistema Komsol-clone começa a entrar em colapso. Um atrás do outro, os mundos habitados pelo homem, através de toda a galáxia, tomam conhecimento de que alguma coisa muito grave está acontecendo. São os clones - que todos supunham inofensivos e apáticos - que se rebelam contra a escravidão e reclamam pelos mesmos direitos de vida que os humanos têm.
selena Menard, filha do criador do sistema Komsol-clone e maior responsável pela escravidão deles envolve-se na guerra ds clones para mudar todo um sistema."

Minha resenha:

Entretenimento e reflexão.

Mais um livro de ficção científica que nos faz pensar sobre nosso futuro (ou seria presente?) e sobre a ética científica. Nos faz refletir se novas descobertas não precisam de novas regras na sociedade. Nos faz imaginar o quanto é tênue a linha entre a tecnologia e o sentimento.

A historia é de uma moça que trabalha em recuperação de pessoas que sofreram acidentes até que um clone vem parar em seus cuidados. Ela é filha do principal responsável pelo uso e escravidão dos clones e começa a lutar pela liberdade deles, quando uma segunda pessoa clone surge em sua vida. Ela se vê totalmente envolvida na batalha dos clones e também dividida sobre o certo e o errado.

A gente pensa muito em clonagem e a ética envolvida, em tanta coisa que nós humanos ainda temos que pensar antes de sair realizando experiências. Pensei muito em outros temas além da clonagem como por exemplo, aborto, células tronco, transplante... pensei em como a Engenharia Genética tem se desenvolvido e em como ainda estará a se desenvolver... pensei na busca por curas para as doenças, principalmente o câncer. Ainda temos muito o que refletir, quais limites devemos ter, regras a seguir...

Outra coisa que também pensei muito a respeito durante a leitura é o preconceito, o sentimento de superioridade do homem sobre o próprio homem, xenofobia, racismo... sobre escravidão, exploração, submissão e luta por liberdade... sobre direitos humanos que até hoje são desrespeitados.

O livro é demais, bem escrito, recomendo a quem gosta de refletir sobre a humanidade em si, não somente a quem gosta de ficção científica. E eu não conhecia essa autora, não achei mais nenhum livro dela no Brasil, pois eu adoraria ler algo mais dela, pois esse livro é muito bom. E eu o achei por acaso num sebo e por gostar de ficção científica e indicação do livreiro, acabei comprando.

Página do livro no Skoob.

Não encontrei boas informações ou foto da autora na internet.

2 comentários:

  1. A ética e a moral estão sempre na contramão da ciência, ou seria o contrário. Será que chegaríamos a este estágio em que nos encontramos sem as famosas cobaias. Inúmeras vezes me pergunto isso, onde é que está a linha que separa experiência de crueldade?
    Por estas questões e tantas outras é que gosto de ler FC, não há previsibilidade, apenas exercício de futurismo, algo pra nos abrir os olhos enquanto ainda podemos.
    Bela resenha, belo livro.

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  2. Obrigada. Também leio FC por esse motivo, e cada vez percebo que a ficção faz cada vez mais parte da realidade, não importa se são os robôs de Assimov ou Duna de Frank Herbert... sempre descobrimos conflitos da Humanidade.

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