terça-feira, 7 de junho de 2011
A sombra do vento - Carlos Ruiz Zafón
Gosto de escrever sobre um livro, enquanto o mesmo ainda está fresquinho na memória, mas abro uma exceção. Na livraria, reparei neste livro por causa da capa. Era linda. Fui embora e não pensei no assunto.
Decorridos alguns dias, confesso, que após essa declaração de Stephen King, não parei de pensar no livro: "Se alguém pensava que o romance gótico tinha morrido no século XIX, [A Sombra do Vento] lhe fará mudar de idéia. É preciso ser romântico de verdade para apreciar seu valor, mas se você nãe é, então é uma leitura maravilhosa. Com livros assim, quem precisa de boas notícias ou bons programas de televisão?"
Comprei o livro e sinceramente, não consegui largá-lo, é maravilhoso. É muito mais do que King falou. Só consigo compará-lo ao filme "O labirinto do fauno" (sei que são veículos diferentes, mas é o único parâmetro que tenho).
A narrativa transcorre na primeira metade do séc.XX, pós revolução franquista. Daniel é levado pelo pai a um sebo, ou melhor, ao Cemitério dos Livros Esquecidos e lá tem contato com um livro de Julián Carax (último e único exemplar existente - todos os outros haviam sido queimados, portanto um livro raro) que permeará o enredo até o seu final. O livro é o portal para as descobertas e um labirinto para Daniel. À semelhança do que acontece no livro de Carax, Daniel passa por diversas complicações, inclusive a descoberta do amor. Tem como aliado o escudeiro Fermín Romero de Torres (olho nele - é uma personagem magnífica, anotei a maioria de seus pensamentos), uma espécie de Sancho Pança, sem a estupidez do mesmo.
Daniel tem que vencer seus medos, o demônio que o assombra e solucionar o enigma de Carax. Enfim, é um livro de amor, amor às pessoas, e principalmente, amor aos livros. Um livro bastante descritivo. Gótico é pouco. Ele se assemelha às descrições de Poe ou Lovecraft, imperdível!
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Rodolfo, uma amiga já me falou muito bem desse livro e fiquei com curiosidade. Sua resenha me instigou ainda mais. A história parece interessantíssima.
ResponderExcluirTambém gosto de escrever assim que terminei um livro, antes até de começar outro. Os que não segui essa rotina, acabaram não sendo resenhados.
Valeu muito essa resenha.
Muitas vezes faço o contrário cara Andreia. Não resenho de imediato porque posso cometer alguma falta ou por empolgação ou por contrariedade. Por outro lado, muitas vezes acabo não resenhando também. Mas este livro merece inúmeras resenhas, tanto pela beleza, quanto pela confissão de amor aos livros. Vale muito à pena.
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