Li esse livro aos 14 anos, um dos vinte primeiros que li de Agatha. Foi um livro que ficou bem marcado em meu imaginário emocional, por motivos que nada têm a ver com a história em si. Isso acontece com alguns livros, e principalmente com alguns discos: tornam-se símbolos de algum momento importante em nossas vidas.
Talvez por isso, ao contrário da maioria dos livros que li da Rainha, conservava ainda fresca na memória a solução do mistério. Por isso li agora pela segunda vez não com o espírito do “jogador-detetive”, mas do “aprendiz de feiticeiro”, estudando o making of da trama. E a diversão foi tão boa quanto, se não melhor!
Da primeira vez que li me senti um tanto ludibriado, pois achei que Agatha estivesse trapaceando. Hoje vejo que essa impressão foi causada por minha inexperiência como leitor, e não por qualquer deficiência da Rainha. Pois um dos grandes méritos de Agatha Christie é brincar com as regras do romance policial, desafiá-las e até mesmo transgredi-las, sempre mantendo no rosto um sorriso de vovozinha travessa.
Não há trapaça alguma em “Depois do Funeral”. Todas as pistas são apresentadas de forma evidente, e até escandalosa, ao leitor. É que como todo bom mágico na hora do truque, Agatha sempre dá um jeito de fazer o leitor prestar atenção em outra coisa. Muito bom!!!
“Mas ele foi assassinado, não foi?”
Mais uma bela aventura de Hercule Poirot!
(19.08.11)
Oi Fábio, adorei sua resenha. Assim como você, amei o esse livro. Fui enganado por Agatha Christie nesse livro, assim como em quase todos que li dela hahahaha. Ela distribui as pistas verdadeiras com pistas falsas só para confundir o leitor e nem percebemos as pistas verdadeiras que está na nossa frete e esta camuflado.
ResponderExcluirOla.
ResponderExcluirEste livro ainda não li, mas deve ser fantástico!
Tenho na estante 3 livros da agatha para ler. Adoro todos os policiais, em especial os que Miss Marple é a protagonista.
miguel
silenciosquefalam.blogspot.com
Acho emocionante!
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