O que um contêiner com homens e mulheres chineses mortos, a roupa que a atriz Angelina Jolie usou em uma cerimônia do Oscar, mulheres ocupando cargos elevados, pessoas mortas por balas perdidas, tráfico de droga, disputa de território e corrupção tem em comum?
Não, não é o morro do Rio de Janeiro, nem um dos filmes de mafiosos distribuídos por Hollywood, apesar dos integrantes dos clãs, pertencentes ao sul da Itália, imitarem a ficção. Roberto Saviano descreve no seu livro de estréia algo que se tornou mais globalizado que o próprio capitalismo: o poder dos criminosos, nesse caso específico, a Camorra.
Gomorra não poupa detalhes. Em algumas páginas o leitor precisa realmente ter estômago, enquanto Saviano descreve as torturas ou os teste de novas drogas que são feitas em viciados. Não existe escapatória, pode ser pobre, padre, político ou arrependido, a única certeza para os que contrariam a Camorra é a morte.
A Camorra são vários clãs criminosos, chefiada na sua maioria por homens jovens que acabam reféns do seu próprio poder. Debocham da velha máfia, pois são politicamente independentes. Suas fontes de dinheiro são variadas, podem vir da venda de armas para países em guerra ou de roupas fabricadas sob medida para populares atrizes desfilarem.
Gomorra não é um romance. É um tapa na cara em um texto jornalístico narrado em primeira pessoa, onde depoimentos pessoais se misturam a investigações e histórias do passado.
Também é um banho de água fria nos que adoram uma grife e anunciam para toda imprensa que colaboram para a construção de um mundo melhor. Pois eles também contribuem, indiretamente ou por simples ignorância, para a máfia italiana.
A propósito: Gomorra é uma das cidades destruídas por Deus, conforme é descrito no Gênesis, uma cidade, como muitas na Itália e em outros locais do mundo, onde a destruição, por uma escolha, um celular ou uma palavra, se tornam banais. Onde os honestos não têm vez e apenas os imorais possuem o poder sobre a vida e a morte.
Não, não é o morro do Rio de Janeiro, nem um dos filmes de mafiosos distribuídos por Hollywood, apesar dos integrantes dos clãs, pertencentes ao sul da Itália, imitarem a ficção. Roberto Saviano descreve no seu livro de estréia algo que se tornou mais globalizado que o próprio capitalismo: o poder dos criminosos, nesse caso específico, a Camorra.
Gomorra não poupa detalhes. Em algumas páginas o leitor precisa realmente ter estômago, enquanto Saviano descreve as torturas ou os teste de novas drogas que são feitas em viciados. Não existe escapatória, pode ser pobre, padre, político ou arrependido, a única certeza para os que contrariam a Camorra é a morte.
A Camorra são vários clãs criminosos, chefiada na sua maioria por homens jovens que acabam reféns do seu próprio poder. Debocham da velha máfia, pois são politicamente independentes. Suas fontes de dinheiro são variadas, podem vir da venda de armas para países em guerra ou de roupas fabricadas sob medida para populares atrizes desfilarem.
Gomorra não é um romance. É um tapa na cara em um texto jornalístico narrado em primeira pessoa, onde depoimentos pessoais se misturam a investigações e histórias do passado.
Também é um banho de água fria nos que adoram uma grife e anunciam para toda imprensa que colaboram para a construção de um mundo melhor. Pois eles também contribuem, indiretamente ou por simples ignorância, para a máfia italiana.
A propósito: Gomorra é uma das cidades destruídas por Deus, conforme é descrito no Gênesis, uma cidade, como muitas na Itália e em outros locais do mundo, onde a destruição, por uma escolha, um celular ou uma palavra, se tornam banais. Onde os honestos não têm vez e apenas os imorais possuem o poder sobre a vida e a morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário