Por Elenilson Nascimento
É inadmissível que em pleno século XXI às pessoas continuem na total ignorância e absurdamente alienadas pelas igrejas. O câncer do mundo está na religião, nessas teorias ultrapassadas e cheias de ficção impostas pelos seus líderes fundamentalistas com o único objetivo de encarcerar na escuridão da passividade o maior número de fiéis.
A própria Bíblia mostra, sem sombra de dúvida, que Jesus Cristo foi um judeu revolucionário, anarquista, de ideias modernas, tolerante e que não teve qualquer intenção de fundar nenhuma nova religião e nem tão pouco nenhuma igreja, que não foi morto aos 33 anos (*pois viveu pelo menos até aos 40) e que teve, no mínimo, sete irmãos. Mas alguns dos principais dogmas católicos estão em contradição com o fato de os apóstolos não terem qualquer convicção quanto à personalidade divina do Cristo, quanto à virgindade de Maria e quanto à ressurreição. Assim como existiu, da parte de Jesus, uma proibição explícita, quanto à formação de um clero profissional.
Durante séculos, umas das maiores heresias protestantes é o sofismo esquizofrênico de perguntar onde está escrito, dentro da Bíblia, que a Igreja Católica Apostólica Romana é a representação de Cristo na Terra. A primeira heresia é perguntar quem foi mesmo que escreveu a Bíblia, até por que a própria Bíblia diz não conter tudo escrito.
E um dos muitos tabus envolvendo as mentiras da Igreja está relacionado com a figura da Maria Madalena que se tornou objeto de especulação. E antes de você ser enganado por fábulas fascinantes, deve se entender que muitos dizem coisas infundadas sobre o gnosticismo, filosofia que exalta a figura de Madalena, como, por exemplo, que nega a perfeição do Criador, dizendo que Jeová, e não o homem, causou a imperfeição e o sofrimento no mundo. Contudo, se você não for mais um bitolado ignorante frequentador de missas e cultos ultrapassados e decorador de frases feitas vai perceber que o gnosticismo não nega em parte alguma a doutrina fundamental de salvação pelo sangue de Jesus, mas diz que essa suposta salvação não vem só pela fé, e sim pelo CONHECIMENTO.
Madalena, de todas as personagens bíblicas, talvez tenha sido aquela personagem mais deturpada e reduzida à vilã, prostituta e mercenária, encoberta por inverdades divulgadas ao longo dos séculos pela própria Igreja, pelos textos bíblicos deturpados e por errôneas interpretações. E paralelamente há essas inverdades, uma outra história tem sido contada de modo sublinear até pela Arte (*através de pintores, escritores e poetas) ao longo de dois mil anos de história cristã e, também, pelos textos apócrifos.
Recentemente, o livro e o filme “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, percorreram o mundo inteiro, sendo lido e visto por milhões de pessoas. E em meio a uma história de suspense, o autor insere algumas “verdades”, que ao longo do tempo, estavam sendo propositadamente ocultadas. Brown nos chama a observar o quadro da Santa Ceia, de Leonardo da Vinci, onde transparece que uma das imagens dos apóstolos apresenta traços femininos, estando com a mesma cor da roupa de Jesus e interligada a Ele por um grande M formado pela postura física dos dois na pintura, em face da cor vermelha. Segundo a interpretação do autor de “O Código Da Vinci”, os dois símbolos, a letra M e a cor vermelha, indicariam ser Maria Madalena a personagem ao lado de Jesus.
Imagem da Santa Ceia pintada por Leonardo Da Vinci, no ano aproximado de 1495, na Igreja Santa Maria Delle Grazie, em Milão, onde aparece nitidamente o formatado de um M, seguindo-se os contornos da cor vermelha nas roupas de Jesus e de Madalena. Imagem extraída da revista “Super Interessante”, out/2004.
Mas quem foi realmente a Madalena, uma prostituta arrependida? Uma deusa da antiguidade? A esposa de Jesus, com quem se casou e teve filhos, no sul da França - como querem os teóricos da conspiração que afirma ter sido Jesus não o filho de Deus, mas um homem comum, que sobreviveu ao martírio da cruz? Seria realmente Madalena o pivô do maior segredo da Igreja, guardado há tantos séculos pelos sábios do Prioridade de Sião - entre eles o próprio Leonardo da Vinci, que a teria retratado ao lado de Jesus, na santa Ceia?
Em “Madalena - O Último Tabu do Cristianismo” do excelente escritor Juan Arias, renomado jornalista e especialista em temas bíblicos, apresenta essa polêmica e apaixonante história de amor e mentiras. “Essa referida verdade se foi perdendo pelo caminho, através do tempo e à medida que a Igreja de Roma se foi masculinizando”. (p.45) (“MADALENA - O ÚLTIMO TABÚ DO CRISTIANISMO – O segredo mais bem guardado da Igreja: as relações entre Jesus e Maria Madalena”, de Juan Arias, biografia, 204, editora Objetiva – 2005)
+ Clique aqui e leia a minha resenha completa.
>>> Visite o LITERATURA CLANDESTINA e o COMENDO LIVROS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário