O estilo de Chuck Palahniuk (autor também de Clube da Luta) vai além da polêmica. O autor tem o costume de abordar temas nada convencionais, temas ácidos que enfrentam o conservadorismo popular. É um autor diferente de quase tudo aquilo que os leitores já experimentaram. Chuck Palahniuk não hesita em usar palavreados fortes para compor temas fortes. Contudo, antes de ler alguma obra de Chuck Palahniuk, fique sabendo e se previna: é uma obra de Chuck Palahniuk.
Uma das coisas que mais me fascinam na obra do homem, é que o próprio tem um estilo ímpar de escrita. Muitas pessoas interpretam mal a sua obra; existem pessoas que tacham sua obra como algo gratuito e sem sentido, mas, com todo respeito, eu respondo: esta atitude é uma grande ignorância. Monstros Invisíveis não foge do seu estilo único e louco, e a trama por si só já revela isto.
Assim como todos seus outros textos, o romance a ser tratado nesta resenha apresenta um importante e instigante estudo metafórico que busca compreender a ganância humana - é uma obra de arte. Monstros Invisíveis é nada mais nada menos que um romance sobre a sociedade. É uma obra que mostra que nem sempre podemos ser aquilo que queremos ser, e mostra também o quanto a sociedade hipócrita valoriza a beleza exterior, e com isto, obriga muitas vezes as pessoas a cometerem sacrifícios para agradar o gosto alheio.
Modelos bulímicas.
Flash.
Em busca de um corpo perfeito.
Flash.
Não é uma leitura que busca entreter o espectador por meio do rítmo frenético; tudo na obra do Palahniuk está mergulhado em filosofia. Monstros Invisíveis é duro em sua crítica: trata do homossexualismo de forma livre sobre o seu efeito na sociedade; trata livremente sobre o tema do sexo (os diálogos explícitos sobre técnicas sexuais como felching são bons exemplos); etc.
Para investigar inicialmente como é de fato o mundo ousado do autor, recomendo antes de tudo ler seus contos, que podem ser encontrados facilmente internet a fora – ‘’Guts’’ é um bom conto para iniciar a leitura das obras do autor. É o tipo de autor ‘’ame-o ou deixe-o’’, e particularmente, fico com o ‘’ame-o’’.
Por Victor Ramos (Jerome)
Avaliação: 5/5
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