Todo leitor de suspense acaba eventualmente em uma situação assim: são duas horas da manhã e faltam 100 páginas para terminar a leitura. Pára ou continua?
Suspense bom é para ser lido na calada da noite! E assim foi com “A Face do Medo” (The Face of Fear no original). Uma trama honesta e uma boa diversão para os apreciadores do gênero.
O tema do serial killer hoje já está muito desgastado, mas não era assim quando o livro foi escrito, em 1977. Em “A Face do Medo”, essa trama é apresentada com algumas pequenas variações, que ajudam a tornar a história interessante. Os assassinatos, aqui, são inspirados por um pastiche de Nietzsche e Blake.
Mas é o herói, sem dúvida, que faz a leitura valer a pena. Graham Harris é um alpinista de sucesso que acaba sofrendo um trágico acidente em uma tentativa de escalar o Everest. Como efeito colateral do acidente, ele desenvolve dons paranormais e passa a auxiliar a polícia a desvendar crimes violentos. O mais interessante, contudo, é que Harris torna-se uma sombra do homem que era antes, acossado pelo medo. E é justamente o que ele mais teme que terá de confrontar, se quiser salvar a si mesmo e a sua amada, quando os dois são encurralados e perseguidos pelo implacável assassino.
É raro encontrar um livro de suspense com uma moral. A lição de “A Face do Medo” poderia ser resumida na frase do guru indiano Swami Sri Yukteswar:
“Encare seu medo de frente, e ele deixará de perturbá-lo.”
Várias vezes me peguei neste dilema, e como você disse, este tipo de livro tem mesmo que ser lido de noite.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Nossa!
ResponderExcluirEle sofre o acidente, tem os poderes e depois ainda é perseguido?
Quer ler!
Obrigada pela dica.
Abs,