"UM HOMEM DE SORTE" - NICHOLAS SPARKS

LIVRO  : “UM HOMEM DE SORTE”

TÍTULO ORIGINAL: “THE LUCKY ONE”

AUTOR: NICHOLAS SPARKS

TRADUÇÃO: MARSELY DE MARCO MARTINS DANTAS

EDITORA  : NOVO CONCEITO

PÁGINAS – 349

1ª EDIÇÃO 2011

CATEGORIA: FICÇÃO  NORTE AMERICANO

ISBN: - 978-63219-13-8

CITAÇÃO:” Victor analisou a fotografia antes de devolvê-la: - Você disse que a achou ao nascer do dia?

- Sim.

- Esse é o momento mais poderoso do dia.

- Você já me falou.

- Isso é um sinal. Ela é o seu amuleto de sorte. Olha só a camiseta dela.

- Ela foi mesmo esta noite.

- Não foi só hoje à noite. Você achou essa fotografia por um motivo. Ninguém deu falta dela também por um motivo. Hoje resolveu pegá-la por um motivo. Ela estava destinada a você.” (pág. 36)

RESUMO SINÓPTICO: 

Logan Thibault é ex fuzileiro naval e após encontrar uma fotografia durante a guerra e perder o amigo Victor em um acidente inimaginágel, resolve ir em busca da mulher foto e vai a pé do Colorado até Hampton, acompanhado por seu cão fiel: Zeus.

Beth é professora. Tem um filho chamado e Ben e moram com a avó Nana, dona de um canil onde adestra cães, mesmo depois de um derrame que paralisou temporariamente o lado esquerdo do corpo.

Keith Clayton é policial, filho do chefe de polícia e de família abastada, dominadora na cidade. Nas horas vagas gosta de fotografar e tem hábitos pouco recomendados. É pai de Ben.

O destino encarrega-se de unir essas personagens em uma trama intrincada e envolvente.

“Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografa dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela.” “Era estranho pensar nas reviravoltas que a vida de um homem pode dar. Até um ano atrás, Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade de passar um final de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada da cidade de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto. Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade. (...) Imaginava ter caminhado mais de 30 quilômetros por dia, embora não tivesse feito um registro formal do tempo e das distâncias percorridas. Esse não era o objetivo da viagem. Imaginava que algumas pessoas acreditavam que ele viajava para esquecer as lembranças do mundo que havia deixado para trás, o que dava à viagem uma conotação poética. prazer de caminhar. Estavam todos errados. Ele gostava de caminhar e tinha um destino para chegar.

CITAÇÃO: ” Mas o que a deixou preocupada foi o tipo de conversa que tiveram, não a viagem em si. O pequeno combate verbal travado durante o jantar dava sinais de que dali para frente, Beth passaria a desempenhar um novo papel – um papel para o qual não se sentia totalmente preparada. Ser mãe de Ben era fácil. Seu papel e suas responsabilidades eram bem definidos. Mas fazer a mesma coisa com Nana? Nana sempre foi tão cheia de vida, tão cheia de energia, que Beth pensou ser inconcebível a idéia de Nana um dia vir a diminuir o ritmo.[...]”(pág. 122)

ANÁLISE TÉCNICA: 

-CAPA = Capa inspiradora feita por Mello e Mayer. Letras em alto relevo dão o diferencial. Casal romântico e homem no deserto condizentes com o conteúdo do livro.

(nota: 4,80  de 5,00)

-DIAGRAMAÇÃO: Letra mediana, poderia ser um pouco maior para facilitar um pouco mais a leitura. Divisão entre os capítulos bem visualizada com títulos relacionados a personagem que relata o capítulo. Folhas amareladas.

(nota:  4,40  de 5,00)

- FORMA DE ESCRITA: Escrito em 3ª pessoa, cada capítulo protagonizado por um personagem. Longas narrativas (importantes para o entendimento da estória), intercaladas com diálogos.

(nota: 4,50  de 5,00)

CITAÇÃO: “Ele não acreditava em nada disso. Já tinha conhecido fuzileiros suficientes para saber que a maioria era tão esperta quanto uma pedra. Mas tinha algo estranho com esse cara para que seus colegas não confiassem nele.” (pág. 221)

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR: 

Fazer uma análise de um escritor que é unanimidade no mundo literário, é tarefa árdua. Nicholas Sparks delinea os personagens através do caráter psicológico, que envolve toda a vida de cada protagonista, tornando o enredo convidativo e interessante. E sempre com um tom trágico em algum ponto do livro, que no caso acontece apenas no último capítulo, levando o leitor a angustiosa tensão até as últimas páginas da leitura.

A princípio o livro não é um romance. É mais uma busca pessoal sobre qual destino a seguir e uma aparente dívida a ser paga. Conforme a trama vai se desenrolando, mistério e apreensão dominam a leitura, causando a sensação de ansiedade por todo o desenrolar dos acontecimentos e levando o leitor a fatos e acontecimentos relacionados com a guerra no Iraque e toda atrocidade vivida naquela época, ao tempo que traz à realidade da história para o momento atual, com as dúvidas nas decisões a serem tomadas e claro, com um romance entre os protagonistas que vai sendo construído aos poucos, sem agonia.

O que ficou a desejar foi justo o fato de toda resolução se dar apenas no último capítulo, atropelando os acontecimentos em uma corrida desnecessário para o desfecho, embora esse, nada tenha deixado a desejar. Poderia apenas ser um pouco mais trabalho e não terminar de forma abrupta.

SUGESTÃO: Analisar o desfecho do livro que poderia ser um pouco mais trabalhado, esmiuçado em mais outros capítulos ou dando um início em capítulos anteriores. Ficou a impressão que tudo aconteceu de rompante.

 

 NOTA:  4,40 de 5,00.

 

Cheirinhos

Rudynalva