De início achei que não havia lido ainda esse livro, pois peguei a edição americana que traz como título “Murder At Hazelmoor” (“Assassinato em Hazelmoor”). Coisa curiosa, essa mania dos editores de mudar o título das histórias! Asimov era um que sempre se queixava dessa mania.
Nesse caso, cheira até a malandragem, pois pode induzir o incauto leitor a pensar que está diante de uma nova trama da Dama, quando não passa de uma versão requentada e com o título trocado. Foi exatamente o que aconteceu comigo.
De qualquer forma, como eu não lembrava muito bem da história, que li há muitos anos (e que também, diga-se de passagem, não é das mais marcantes de nossa querida Agatha), restou como sempre o belo aprendizado a respeito da construção de um romance policial. Mesmo em uma obra menor, é impressionante como Agatha Christie praticamente esfrega a identidade do assassino na cara do leitor, que absolutamente não dá por isso, distraído que está por tantas pistas falsas que a autora sabe espalhar como ninguém ao longo do livro.
Durante uma ociosa tarde de inverno, os moradores do pequeno vilarejo de Sittaford resolvem distrair-se com uma sessão de “table turning” (o equivalente britânico para a nossa brincadeira do copo). Mas logo a brincadeira fica séria, pois os espíritos trazem uma mensagem sinistra: o Capitão Trevelyan foi assassinado...
Assim começa a trama, que traz o inspetor Narracott como investigador “oficial” e a bela e carismática Emily Trefusis como detetive amadora, interessante personagem que é talvez o maior atrativo da história.
Mesmo não sendo um de seus melhores, um romance de Agatha Christie sempre traz alguma diversão para os amantes de uma boa ficção policial.
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