Esse livro é uma coletânea de contos escritos entre 1942 e 1957, todos tendo robôs como tema central. Como nesse mesmo período Asimov escreveu os contos que fazem parte de sua coletânea mais famosa, “Eu, Robô”, esse “O Repouso dos Robôs” pode ser considerado uma antologia de “lados B”, ou seja, das histórias secundárias. Não é à toa que o título original (“The Rest of the Robots”) pode ser traduzido também como “O Resto dos Robôs”. Posteriormente os contos de ambos os livros seriam reunidos na coletânea definitiva “Nós, Robôs”.
Já deu para perceber que esse é um livro indicado para fãs. As histórias são boas, mas estão aquém do patamar de excelência alcançado por Asimov. Para mim, que além de fã declarado já havia lido quase todos os contos (com a exceção possível de um), o interesse maior veio pelos comentários que Asimov faz ao início de cada história, pois possibilitam vislumbrar um pouco mais do autor e da pessoa Asimov.
Um dos fatores certos para o imenso sucesso do bom doutor, em minha opinião, é que ninguém parece se divertir tanto com as histórias de Asimov quanto o próprio Asimov! É contagiante o deleite com que ele fala de seus escritos. Isso explica também como ele se tornou um dos escritores mais prolíficos de todos os tempos, com centenas de livros publicados.
Um outro fator que comecei a perceber é um certo espírito infantil que transparece nas palavras de Asimov. Ele possui uma espontaneidade para falar de si mesmo que é muito cativante, como a espontaneidade de uma criança. Lendo esse livro, me senti mais próximo dessa criança, um pequeno Isaac que se aproxima do leitor com um sorriso franco e diz: “Eu escrevi essa história que ficou muito legal, você quer ler?”
Quero sim, Isaac!!!
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