Depois que seu pai desapareceu (ou morreu), o jovem Malcom, subitamente só no mundo, acostuma-se a passar seus dias sentado em um banco diante do luxuoso hotel onde está hospedado. É quando o astrólogo Mr. Cox o descobre e resolve apresentá-lo ao mundo. Inicia-se uma série de visitas a pessoas bem esquisitas: um agente funerário negro e sua cantora chinesa, um pintor anão e sua esposa prostituta gorda, um milionário de nome repetido e sua madame alcoólatra, uma outra pintora e seu marido ex-presidiário. Como irá terminar a história de Malcom?
A impressão que tive ao ler esse livro foi a de ter me deparado com uma versão lisérgica de “O Pequeno Príncipe”. O texto traz um forte clima onírico, as situações parecem irreais, surreais, meio fellinianas... Beeem estranho. Não posso dizer que gostei. Também não digo que não gostei.
É como um prato exótico, ao qual não estamos acostumados, cujo sabor fica dançando em nossa memória depois da refeição. A mente não consegue assimilar completamente e de imediato uma nova sensação, ainda não catalogada pelos sentidos.
Esse foi o segundo “prato” que experimentei do mestre-cuca James Purdy. O primeiro foi “Os Crimes de Cabot Wright”, que me provocou exatamente a mesmíssima estranheza.
Uma pesquisa na internet me revelou que “Malcom” foi bastante adotado por high schools americanas. Outra curiosidade foi descobrir que James Purdy adorava escrever cartas anônimas, sendo o autor de centenas delas.
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