quinta-feira, 7 de junho de 2012

O CASO DA RECEPCIONISTA HESITANTE – Erle Stanley Gardner




A melhor aventura de Perry Mason que li até hoje!

Dessa vez o famoso advogado se vê metido em uma sinuca de bico: foi indicado para defender um réu sem recursos e não receberá nada por seu trabalho. Para piorar, a situação está crítica para o réu, pois duas testemunhas garantem que foi ele o autor de um assalto. Sua única esperança de absolvição estaria no testemunho da recepcionista de uma boate, mas na última hora a moça parece mudar de ideia e simplesmente desaparece.

Qualquer outro advogado teria provavelmente lavado as mãos e deixado o réu se estrumbicar. Mas não Perry Mason! Ele não poupa esforços e nem dinheiro para defender seu cliente, e mergulha em uma frenética investigação que começa a trazer à tona coisas cada vez mais estranhas...

O ritmo da narrativa é excelente! O livro já começa em pleno tribunal e segue sem perder tempo com detalhes irrelevantes. Vamos seguindo a aventura com olhos sôfregos até a elucidação final da trama, que como sempre acontece também no tribunal, com Perry Mason tirando um coelho após o outro da cartola!

Se você ainda não conhece as aventuras de Perry Mason e tem curiosidade, recomendo começar por esse livro!

Esse livro me proporcionou também a oportunidade de fazer algumas reflexões interessantes. Por sincronicidade tenho entrado em contato com várias histórias sobre erros judiciais, inocentes acusados injustamente etc. A impressão que tenho é a de que a instituição do Tribunal do Júri está mais para o teatro que para a justiça, e que o processo é mais um espetáculo que outra coisa, uma encenação para convencer os jurados não com a verdade, mas com argumentos. É a glória do sofismo! Acho muito louco que as pessoas dêem a esse procedimento o nome de “Justiça”...

Outra rica oportunidade de reflexão apresentada por esse livro foi de ordem mais pessoal. Acredito que toda vez que uma coincidência acontece está sinalizando algo a ser captado por nossa consciência. Por isso fiquei matutando o que todas essas histórias sobre erros de julgamento estavam querendo me dizer... Demorei a enxergar, porque a resposta estava em mim mesmo: percebi o quanto tenho feito julgamentos precipitados a respeito de outras pessoas. Como é fácil julgar os outros, meu Deus!

Título original: “The Case of the Hesitant Hostess”.

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