LIVRO : “DONA
TERESINA E SUA VIZINHANÇA” (LITERATURA NACIONAL)
SUBTÍTULO: “O EXAGERO AGORA TEM NOME”
AUTOR: WILGNER MURILO SANTOS
EDITORA : MULTIFOCO
PÁGINAS – 93
1ª EDIÇÃO DEZEMBRO 2011
CATEGORIA: ROMANCE
ISBN: - 978-85-7961-716-4
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA = Chama a atenção: parte de um rosto jovem com lábios
pintados de roxo e com apenas um dedo pintado a ‘francesinha’, pescoço com gola
rendada; extravagante é a palavra que define a capa de Guilherme Peres. Bonita
e sugestiva.
(nota: 4,50 de 5,00)
-DIAGRAMAÇÃO: Folhas brancas com letras pretas um pouco
menor que a média, entretanto não atrapalha em nada a leitura. Tem dedicatória,
sumário, agradecimento, apresentação (pelo próprio autor), 17 capítulos +
epílogo com títulos e numeração. São 93 páginas de pura diversão. Diagramação feita
por Guilherme Peres.
(nota: 4,50 de 5,00)
- ESCRITA: Narrativa feita em 3ª pessoa e com muitos
diálogos. Carregada de palavras e expressões regionalistas, linguagem bem
interessante. Pequenos erros de concordância e revisão feita por Vanusa Néa.
(nota: 4,30 de 5,00)
CITAÇÃO:
“Após toda essa confusão nascera a menininha que
tanto o casal aguardava. Devo dizer que ao nascer àquela menininha era
muito
diferente dos outros bebês, pois seus olhinhos já estavam abertos e
analisando
cada canto do quarto, parecia que tentava falar alguma coisa. Era como
se ela
quisesse discutir com o médico pela palmada que o mesmo tinha dado no
seu
bumbum depois de sair da barriga de sua mãe. Talvez fossem apenas os
olhos do bebê reluzindo, pensava o médico, pois tal situação é
impossível, ninguém pode
fala ou discutir quando nasce. Ou pode?” (pág. 14)
RESUMO SINÓPTICO: “A filha de Orlinda e Cinicio, habitantes
de uma pequena cidade do interior de Sergipe, nasceu com uma herança de
família, passada de geração em geração, a Síndrome da FOFOCA. O nome dela é
Dona Teresina – uma mulher que não é ESTILISTA, mas cria sua própria MODA. ...”
Dona Teresina nasceu com a Síndrome da Fofoca, uma doença
congênita que dava super poderes: enxergar além dos limites, falar mais alto
que os outros e escutar conversas a metros de distância. Não era muito bonita e por isso, exagerava nos
figurinos, tirando o foco do rosto para quem a olhasse. Aos 17 anos fez curso
de enfermagem e foi trabalhar como cobaia humana em Salvador/BA, entretanto,
após quase morrer, resolveu ir vender geladinho (suco congelado em saquinhos
plásticos) no interior da Bahia. A cidade era tão pequena que mesmo com o pouco
dinheiro que tinha, Dona Teresina era a pessoa de maior posse na cidade.
CITAÇÃO: “As fofoqueiras do grupo OFV (Organização da
Fofoqueiras da Vizinhança), estavam tentando enganchar as bandeirolas nos
grandes pedestais espalhados pela rua. As bandeirolas foram feitas por Dona
Maria que recebeu críticas positivas como negativas sobre a beleza das
bandeirolas.” (pág. 55)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR: O livro é engraçadíssimo,
carrego de termos regionais nordestinos e fatos cômicos, tão hilário que ‘rachei’
de rir da primeira a última página do livro.
As personagens com nomes extravagantes e exóticos como suas
próprias personalidades. E o enredo fantasioso apenas pelos exageros das
situações, porém, tão real que tenho certeza que qualquer leitor identificará
ao menos uma pessoa ou fato com algo da vida real.
E o mais interessante é o final totalmente esdrúxulo e
inesperado. É tão impossível que chega a ser inimaginável tal situação.
Não tem como falar muito mais, caso contrário, spoiler se fará.
O que posso dizer que é uma novela bem ao estilo Dias Gomes, tipo Saramandaia
(e quem assistiu sabe do que falo), interessante, engraçada e que extrapola o
limite da imaginação e ao mesmo tempo se faz tão real.
Indicadíssima leitura para descontrair.
CITAÇÃO: “Naquele momento tudo já estava claro como água. As roupas das duas teriam de ser
jogadas fora para que novas roupas tomassem o lugar das antigas. Pelo menos podemos pegar as toalhas de mesa
para fazer roupa também, pois são mais coloridas e tem estampa, pensou Dona
Teresina. Nem chegaram à esquina e uma nova discussão já estava formada. A
roupa também não ajudava em nada, era desconfortável e não tinha cor.” (pág.
76)
NOTA: 4,5 de 5,00
SOBRE O AUTOR:
Wilgner Murillo Santos nasceu em 1993 na
cidade da Barra/BA. Atualmente Wilgner Murillo Santos está graduando em Letras
pela UNEB, é blogueiro e atualiza com frequência o blog –
http://escritor-wms.blogspot.com –, onde vários de seus textos argumentativos,
poemas, resenhas, conteúdo de mídia, além, é claro, do conto/novela de sua
autoria: Apartamento nº 23, que são publicados com muito esmero no Blog do
Escritor.
cheirinhos
Rudynalva
Oie...
ResponderExcluirTudo bom?
Amei esse batom roxo da capa ahuahuahuahu Curti bastante tua resenha também ^^
Adorei seu blog... Já estou seguindo...
Depois dá uma passadinha no meu para conhecer... Relíquias da Lylu =D
http://reliquiasdalylu.blogspot.com.br