sábado, 2 de junho de 2012

RESENHA - "DONA TERESINA E SUA VIZINHANÇA" - WILGNER MURILO SANTOS (LITERATURA NACIONAL)



LIVRO  : “DONA TERESINA E SUA VIZINHANÇA” (LITERATURA NACIONAL)
SUBTÍTULO: “O EXAGERO AGORA TEM NOME”
AUTOR: WILGNER MURILO SANTOS
EDITORA  : MULTIFOCO
PÁGINAS – 93
1ª EDIÇÃO DEZEMBRO 2011
CATEGORIA: ROMANCE
ISBN: - 978-85-7961-716-4
 
ANÁLISE TÉCNICA: 
-CAPA = Chama a atenção: parte de um rosto jovem com lábios pintados de roxo e com apenas um dedo pintado a ‘francesinha’, pescoço com gola rendada; extravagante é a palavra que define a capa de Guilherme Peres. Bonita e sugestiva.
(nota:  4,50 de 5,00)
-DIAGRAMAÇÃO: Folhas brancas com letras pretas um pouco menor que a média, entretanto não atrapalha em nada a leitura. Tem dedicatória, sumário, agradecimento, apresentação (pelo próprio autor), 17 capítulos + epílogo com títulos e numeração. São 93 páginas de pura diversão. Diagramação feita por Guilherme Peres.
(nota:  4,50  de 5,00)
- ESCRITA: Narrativa feita em 3ª pessoa e com muitos diálogos. Carregada de palavras e expressões regionalistas, linguagem bem interessante. Pequenos erros de concordância e revisão feita por Vanusa Néa.
(nota: 4,30 de 5,00)
CITAÇÃO: “Após toda essa confusão nascera a menininha que tanto o casal aguardava. Devo dizer que ao nascer àquela menininha era muito diferente dos outros bebês, pois seus olhinhos já estavam abertos e analisando cada canto do quarto, parecia que tentava falar alguma coisa. Era como se ela quisesse discutir com o médico pela palmada que o mesmo tinha dado no seu bumbum depois de sair da barriga de sua mãe. Talvez fossem apenas os olhos do bebê reluzindo, pensava o médico, pois tal situação é impossível, ninguém pode fala ou discutir quando nasce. Ou pode?” (pág. 14)
RESUMO SINÓPTICO: “A filha de Orlinda e Cinicio, habitantes de uma pequena cidade do interior de Sergipe, nasceu com uma herança de família, passada de geração em geração, a Síndrome da FOFOCA. O nome dela é Dona Teresina – uma mulher que não é ESTILISTA, mas cria sua própria MODA. ...”
Dona Teresina nasceu com a Síndrome da Fofoca, uma doença congênita que dava super poderes: enxergar além dos limites, falar mais alto que os outros e escutar conversas a metros de distância.  Não era muito bonita e por isso, exagerava nos figurinos, tirando o foco do rosto para quem a olhasse. Aos 17 anos fez curso de enfermagem e foi trabalhar como cobaia humana em Salvador/BA, entretanto, após quase morrer, resolveu ir vender geladinho (suco congelado em saquinhos plásticos) no interior da Bahia. A cidade era tão pequena que mesmo com o pouco dinheiro que tinha, Dona Teresina era a pessoa de maior posse na cidade.
CITAÇÃO: “As fofoqueiras do grupo OFV (Organização da Fofoqueiras da Vizinhança), estavam tentando enganchar as bandeirolas nos grandes pedestais espalhados pela rua. As bandeirolas foram feitas por Dona Maria que recebeu críticas positivas como negativas sobre a beleza das bandeirolas.” (pág. 55)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR: O livro é engraçadíssimo, carrego de termos regionais nordestinos e fatos cômicos, tão hilário que ‘rachei’ de rir da primeira a última página do livro. 
As personagens com nomes extravagantes e exóticos como suas próprias personalidades. E o enredo fantasioso apenas pelos exageros das situações, porém, tão real que tenho certeza que qualquer leitor identificará ao menos uma pessoa ou fato com algo da vida real.
E o mais interessante é o final totalmente esdrúxulo e inesperado. É tão impossível que chega a ser inimaginável tal situação. 
Não tem como falar muito mais, caso contrário, spoiler se fará. O que posso dizer que é uma novela bem ao estilo Dias Gomes, tipo Saramandaia (e quem assistiu sabe do que falo), interessante, engraçada e que extrapola o limite da imaginação e ao mesmo tempo se faz tão real.
Indicadíssima leitura para descontrair.
CITAÇÃO: “Naquele momento tudo já estava claro  como água. As roupas das duas teriam de ser jogadas fora para que novas roupas tomassem o lugar das antigas. Pelo menos podemos pegar as toalhas de mesa para fazer roupa também, pois são mais coloridas e tem estampa, pensou Dona Teresina. Nem chegaram à esquina e uma nova discussão já estava formada. A roupa também não ajudava em nada, era desconfortável e não tinha cor.” (pág. 76)
 NOTA: 4,5 de 5,00

SOBRE O AUTOR: 
 Wilgner Murillo Santos
Wilgner Murillo Santos nasceu em 1993 na cidade da Barra/BA. Atualmente Wilgner Murillo Santos está graduando em Letras pela UNEB, é blogueiro e atualiza com frequência o blog – http://escritor-wms.blogspot.com –, onde vários de seus textos argumentativos, poemas, resenhas, conteúdo de mídia, além, é claro, do conto/novela de sua autoria: Apartamento nº 23, que são publicados com muito esmero no Blog do Escritor.
cheirinhos
Rudynalva

Um comentário:

  1. Oie...
    Tudo bom?
    Amei esse batom roxo da capa ahuahuahuahu Curti bastante tua resenha também ^^
    Adorei seu blog... Já estou seguindo...
    Depois dá uma passadinha no meu para conhecer... Relíquias da Lylu =D
    http://reliquiasdalylu.blogspot.com.br

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