terça-feira, 28 de agosto de 2012

HENRIQUE VI (2ª parte) – William Shakespeare


O primeirão de master Shakespeare!!!

A primeira peça escrita pelo Bardo!!!

Senti como se estivesse ouvindo o “Led Zeppelin I”, ou o “The Piper at the Gates of Dawn” do Pink Floyd, ou o “Please Please Me” dos Beatles! Ou ainda, um primeiro disco que fosse melhor que esses!!!

Pois há controvérsia sobre qual foi mesmo a melhor banda de todos os tempos. Assim como há quem coloque Bach ou Beethoven acima de Mozart.

Mas no campo da literatura, não tem competição possível! William Shakespeare está gloriosamente só no topo da montanha!!!

Tem noção do que significa isso??? O cara é simplesmente o melhor escritor de todos os tempos!!! Não tem pra Homero, não tem pra Goethe, não tem pra Dante, não tem pra Camões. Que os outros imortais se contentem com os louros de prata ou bronze, pois o ouro pertence unicamente ao Bardo!

Bom, agora que dei vazão à minha paixão de fã, vamos à resenha da primeira peça de Shakespeare!

A primeira hem!!!!

Meu entusiasmo é mais que justificado pela peça. É mesmo como ouvir o primeiro disco de uma grande banda. Você percebe o que há de único e poderoso ali, e ao mesmo tempo se maravilha com o modo com que tudo foi ficando ainda melhor depois!

Senti o gérmen de várias obras imortais que sairiam da pena de Shakespeare já presente aqui. Um exemplo que salta aos olhos é a inconstância do povo, mudando de opinião de acordo com  a força dos oradores, cena de “Júlio Cesar” que tem um belo ensaio em “Henrique VI”. Mas forte mesmo é a sugestão de “Macbeth” (a minha favorita de todos os tempos), seja na cena das previsões dos feiticeiros (que alcançará um patamar insuperável com as três bruxas de Macbeth), seja na representação da Rainha Margarida andando para lá e para cá embalando a cabeça degolada de seu amante, o Duque de Suffolk. Uma cena forte, que só foi suplantada em “plasticidade” (como diria Nelson Rodrigues) pela incomparável loucura de Lady Macbeth...

Há também cenas cômicas, que sugerem a habilidade e graça de Shakespeare para fazer rir mesmo com situações bizarras. Há também cenas de grande síntese dramática, como na parte final, quando as alianças entre as partes que disputam a coroa são firmadas. Imagino que Shakespeare resumiu uma longa e complicada história em uma única e breve cena, de grande força dramática.

Percebi igualmente pontos onde Shakespeare foi ficando melhor, onde ele aprendeu. Um exemplo foi a deslocada cena de amor entre a Rainha Margarida e o Duque de Suffolk, bem ao estilo Romeu e Julieta, que não funciona tão bem por serem os dois pombinhos grandessíssimos vilões. Creio que depois Shakespeare deixou mais o amor assim tão puro e romântico para os mocinhos...

Nessa segunda parte, o grande personagem é mesmo o rei Henrique VI, que aqui aparece como um jovem sábio amante da paz e da justiça:

“Não pode haver couraça mais potente
do que um coração limpo. Está três vezes
armado quem defende a causa justa;
ao passo que está nu, ainda que de aço
revestido, o indivíduo de consciência
manchada por ciúmes e injustiças.”

Viva Shakespeare!!!

3 comentários:

  1. Gostei do seu blog não conhecia seguindo *---* ameiiii. Convido você à da uma passadinha no meu blog http://hrdamoda.blogspot.com.br/

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    1. Valeu Jessica!!! Já visitei o seu blog, curti e comentei viu! bjs!!!

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  2. Fabinho!
    Já sabe que nada li de completo do Shakspeare, mas lendo sua resenha, dá uma vontade...
    cheirinhos
    Rudy

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