Esse
livro chama a atenção de muitas maneiras! Logo de cara, a interessante novidade
de trazer ilustrações em 3D, que despertou imediatamente a minha curiosidade.
Quando recebi o livro, fiquei impressionado com a altíssima qualidade da
edição, em capa dura, papel couché e uma diagramação esperta! Sem contar as tão
esperadas ilustrações em 3D, que realmente parecem se projetar para fora da
página, muito bom!!!!
Outro
fator muito interessante é que a obra foi publicada através de um edital de
incentivos fiscais para patrocínio cultural, provavelmente a Lei Rouanet. Esse
é um caminho muito interessante para os autores nacionais viabilizarem a
publicação de suas obras e que talvez não seja tão conhecido. Eu mesmo fiquei
entusiasmado em ver uma publicação de tanta qualidade ter se tornado realidade
graças a esse mecanismo. Certamente dá um trabalho e tanto escrever o projeto,
providenciar trocentas documentações, e depois ainda correr atrás dos
patrocinadores... mas como disse alguém muito sábio, tudo o que é bom e
importante dá trabalho!
A
história também é muito interessante e apresenta uma abordagem bem original. Uma
trama policial onde as pistas estão todas dentro da mente do protagonista Esquizo,
um homem desmemoriado que acaba parando em uma delegacia enrolado em uma toalha
suja de sangue... um começo instigante que é bem desenvolvido até um final com
muitas surpresas!
Tive
a oportunidade de fazer boas reflexões a partir dessa leitura. A começar pelo
subtítulo: “a realidade é ilusória”. Um esquizofrênico paranóide, que tem
alucinações e ouve vozes, não tem como distinguir o que é realidade e o que não
é... mas o mesmo não pode ser dito de todos nós? Entendemos como realidade o que
nos chega através dos sentidos, mas até que ponto podemos confiar nos sentidos?
Essa questão fundamental da filosofia já rendeu boas histórias, de cara lembro
do interessante e bizarro filme do David Cronenberg, “Videodrome”. E agora
temos “Esquizo: a realidade é ilusória”!
Parabéns
e muito sucesso para o autor Maurício C. Garcia!
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