https://www.facebook.com/fabio.shiva
Oi pessoal! :)
É com muita alegria
que entrevisto hoje o escritor Fabio Shiva para o seu próprio Blog... rsss...
Seja bem vindo a esse espaço querido, tudo bem com você?
FS: Tudo ótimo, Angel querida!
BCRL: Além de escritor e poeta você é músico e compositor.
Quem surgiu primeiro, o escritor ou o músico?
FS: Amei essa pergunta, pois ela evocou memórias muito
queridas! Acho que essas duas vocações surgiram juntas em minha vida, ainda
muito cedo. Lembro que eu tinha sete anos, e meu irmão Fabrício apenas três
quando fizemos nossa primeira música, Mesmo
Sendo Macho. Aos doze comecei a estudar violão, e lembro que dez minutos
depois de aprender a tocar Parabéns pra
Você eu já estava fazendo a minha primeira música “de verdade”: Desde Que Você Partiu, uma canção
irônica de horror sobre um cara que morre de amor e depois volta do túmulo para
se vingar da amada! E nesse mesmo ano eu tive minha poesia Terra publicada na “Antologia Poética de Cidades Brasileiras” da
Ed. Xogum-Arte. Aos catorze escrevi meu primeiro conto, Uma Questão de Princípios, sobre um assassinato cometido após uma
desavença banal no Metrô. Logo em seguida tive uma fase muito gostosa de
escrever e desenhar histórias em quadrinhos, fui ator, fiz algumas esculturas,
comecei a pintar. Também já escrevi roteiros e hoje trabalho na produção de um
filme em animação! Acho que já nasci apaixonado por todas as formas de
expressão artística.
BCRL: Foi com a banda Mensageiros do Vento que começou a
trilhar o caminho da música?
FS: A primeira banda em que montei com meu irmão chamava-se
Intelectus & Seus Abobrinhas, era uma banda de moleques, com instrumentos
improvisados. Chegamos a gravar um vídeo, que hoje provavelmente não existe
mais. O Intelectus evoluiu para um grupo chamado Miserere Nobis, com o qual
fizemos nosso primeiro show, em um festival estudantil na UERJ. Até aqui
tocávamos MPB com uma pitada de rock, não por escolha, mas porque não tínhamos
um baterista! Foi o rock que me despertou para a música. Eu quis aprender a
tocar depois de ver pela tevê o show do Ozzy Osbourne no Rock in Rio, foi uma
experiência que revelou um mundo totalmente novo para mim. Mas logo conseguimos
encontrar um baterista e montamos nossa primeira banda de rock, Thanatos, que
depois mudou de nome para Imago Mortis. Com o Imago tivemos uma boa caminhada,
gravamos três CDs que foram lançados no Brasil e no exterior, e um deles até
foi recentemente considerado um dos 60 melhores lançamentos do heavy metal
nacional. Depois do Imago Mortis tivemos uma breve e grata experiência com a
banda O Plano, de sonoridade mais pop. Então meu irmão Fabrício e eu nos
mudamos do Rio de Janeiro para Salvador, e aí sim começou a linda história dos
Mensageiros do Vento!
BCRL: A banda Mensageiros do Vento visa algo mais além de
levar a musicalidade para as pessoas, né não?
FS: Sim, com certeza. Acreditamos muito em passar mensagens
positivas, transmitir coisas boas para as pessoas, expressar ideias que ajudem
a construir um mundo melhor. É claro que a música vem sempre em primeiro plano,
afinal a música é a mensagem!
BCRL: Fale sobre o projeto Manifesto de autoria dos Mensageiros do Vento.
FS: Até onde sei, o Manifesto
dos Mensageiros do Vento é o primeiro livro de literatura e filosofia lançado
por uma banda! Os textos e ilustrações foram concebidos coletivamente. Isso tem
a ver com a proposta essencial do livro, que é formar uma espécie de “diálogo
quântico”, seguindo o modelo dos diálogos platônicos, mas com uma cara mais
contemporânea. Parece complicado, mas é bem simples na verdade: basta imaginar
uma roda de amigos ao redor de uma fogueira, conversando sobre a vida e sobre o
mundo. Só que os assuntos não são apresentados um de cada vez, mas ao mesmo
tempo, como numa autêntica roda de conversa. Acho que assim ficou uma
apresentação original e interessante do conteúdo que queríamos passar! O livro
está sendo vendido nos shows da banda, mas pode ser baixado gratuitamente pela
Internet no link abaixo:
BCRL: Muito lindo esse trabalho de vocês! :)
FS: Valeu demais, querida!
BCRL: Vem cá, sei que participa de projetos com crianças. Fale sobre isso.
FS: O primeiro projeto que comecei a desenvolver foi a
oficina de Meditação para Crianças, inicialmente na comunidade de Nova Brasília
de Itapuã, depois na Casa da Música, depois no Instituto Kirimurê e agora
finalmente iniciamos no Instituto Daniel Comboni, onde também dou aulas de
violão. Isso teve início depois que tive conhecimento do David Lynch Project,
que se destina a ensinar meditação a crianças nos Estados Unidos. Uma frase do
David Lynch (que é também um diretor de cinema que admiro muito) incendiou a
minha imaginação: “Depois que um milhão de crianças aprender a meditar, o mundo
será transformado.” Uma frase do Dalai Lama também me inspirou muito: “Se as
crianças aprenderem a meditar, podemos acabar com a guerra em uma geração”.
Então resolvi fazer a minha parte, por humilde que seja, para alcançar esses
lindos objetivos! Pretendo transformar essa oficina de Meditação para Crianças
em um livro brevemente! O trabalho com crianças é uma das grandes alegrias de
minha vida, acredito que temos muito mais a aprender com as crianças que
qualquer coisa que achemos que possamos ensinar! E há poucos dias tive a grande
felicidade de concluir a redação do livro, vamos torcer para que seja publicado
o mais brevemente possível! Tenho uma entrevista no You Tube, para quem quiser
mais informações sobre o assunto: http://youtu.be/lHSsHka-k_8.
BCRL: Inspiração. Quer para obras literárias ou musicais, onde
encontra?
FS: Rolando Toro definiu o artista como a “antena da raça”.
Gosto muito dessa forma de entender o processo artístico. Acredito que o
artista não cria absolutamente nada, ele simplesmente “capta”! Todas as obras
de arte do mundo existem desde sempre nos “registros akáshicos”, que o artista
acessa para poder dar forma à sua “inspiração”. Pensar desse modo traz uma
dupla vantagem: primeiro, torna o artista capaz de explorar ao máximo suas
potencialidades, produzindo obras muito mais ricas. Não é à toa que existe o
ditado: “a obra de arte é uma parceria entre Deus e o artista, e quanto menos o
artista se meter, melhor!” E a segunda vantagem é que essa forma de ver ajuda a
driblar uma das maiores armadilhas na carreira do artista, que é a ilusão do
ego, a noção errônea de que sou eu quem faço, sou eu quem crio, sou eu que ajo.
O verdadeiro artista, em minha opinião, encara com humildade e gratidão a sua
tarefa, que deve sempre ter o objetivo de servir de alguma forma à coletividade.
Toda arte verdadeira impulsiona o espírito humano a se elevar!
BCRL: E como nasceu a ideia da tão amada e idolatrada salve
salve Comunidade Resenhas Literárias!? *.*
FS: Salve salve nossa amada CRL! A ideia nasceu de forma bem
simples, pois eu criei o hábito de resenhar todos os livros que lia, com o
objetivo de reforçar o aprendizado obtido a cada leitura. Como na época o Orkut
estava bombando, imaginei que outras pessoas por lá poderiam curtir a ideia de
fazer resenhas, e pronto! Hoje a CRL está mais ativa aqui no blog e também no Facebook:
E todos são muito
bem-vindos para virem compartilhar conosco ideias e opiniões sobre livros!
BCRL: E o PULA (Passe Um Livro Adiante)?
FS: O PULA nasceu de uma sugestão de nossa querida Lua
Oliveira, que propôs criarmos um espaço para circulação de livros dentro da
CRL. Foi uma ideia linda e que deu muito certo, pois até hoje o PULA já fez
circular mais de 2.000 livros pelo Brasil. Para conhecer – e participar! – é só
acessar o link:
BCRL: Foi uma ideia brilhante mesmo, o PULA faz a alegria de
muitos leitores, eu que o diga!
FS: Eu também sou muito grato, já li muitos e muitos livros
maravilhosos graças ao PULA! E também pude, da mesma forma, fazer com que esses
livros continuassem “vivos”, sendo lidos por outras pessoas, ao invés de
ficarem comendo poeira em alguma estante.
BCRL: O que é mais difícil: conseguir patrocínio para um show
ou publicar um livro?
FS: O mais difícil é responder essa pergunta rarara! As
dificuldades e desafios existem em todo caminho que vale a pena, e o jeito de
superar essas dificuldades é sempre pensar positivo e não desistir nunca!
Assim, o que parecia difícil acaba se revelando mais uma etapa necessária para
nosso desenvolvimento.
BCRL: ahaha, adorei essa!!!
FS: Tirei da cartola, não é?
BCRL: O Sincronicídio é seu romance de estreia. Além dele o
que mais escreveu? Algum projeto futuro?
FS: Participei da redação do Manifesto dos Mensageiros do Vento, algo que me traz muita alegria
e gratidão. Concluí recentemente um livro de contos: Isso Tudo É Muito Raro. Estou empenhado atualmente na elaboração de
um novo romance intitulado Favela Gótica,
e pretendo em seguida escrever a sequência para O Sincronicídio, que se chamará
A Mais Tocada de Todos os Tempos. Mas
no momento estou absorvido mesmo é na produção de ANUNNAKI – Mensageiros do Vento, a primeira ópera-rock em animação
produzida no Brasil. O filme é inspirado nas tabuletas da Suméria, uma das
civilizações mais antigas de que se tem notícia, e a história é simplesmente
fascinante!!! Uma prévia do projeto pode ser vista no link: http://youtu.be/tJhDrVK-BOQ.
BCRL: Fantástico! Será um curta?
FS: Será um longa metragem, com a duração estimada em 72
minutos. A trilha sonora do filme gerará um CD duplo. O projeto foi aprovado no
Edital de Música do Fundo de Cultura e tem o patrocínio da Secretaria de
Cultura da Bahia, com início oficial em 01/01/14! A criatividade está ebulindo
por aqui! Aproveito para convidar todos a conhecerem e curtirem a página do
projeto no Facebook: https://www.facebook.com/anunnakimensageirosdovento.
BCRL: O que quer dizer sincronicídio?
FS: Essa é uma palavra que não consta do dicionário, até onde sei foi inventada por mim. Pesquisei a etimologia e achei muito interessante descobrir que o sufixo –cídio, de origem latina, tem o sentido de matar, de assassinar, mas também o de queda, de decadência. No decorrer do livro esse conceito do Sincronicídio é bastante explorado, portanto não quero estragar a surpresa, mas posso adiantar que essa palavra envolve dois significados principais: “assassinatos em sincronia” e “morte da contemporaneidade”...
BCRL: Essa sua resposta se encaixa na história do livro como o côncavo e o convexo. Lindo!
FS: Fico muito feliz, meu bem! Você foi uma verdadeira fada-madrinha para esse livro e para minha carreira de escritor, sou eternamente grato!!!
BCRL: Qual seu objetivo com o Sincronicídio?
FS: Meu objetivo com esse livro foi escrever uma história que
eu mesmo gostasse de ler. É um romance policial, mas não somente, e é também
uma homenagem ao romance policial, pois agrega várias vertentes, desde o whodunit ao noir, passando pelo mistério
do quarto fechado e outras situações clássicas. O que acho mais
interessante a respeito da história é que ela possibilita diferentes níveis de
interpretação. É como a famosa metáfora da cebola descascada, pois debaixo de
cada camada há sempre uma nova camada de interpretação. Outro ponto que gosto
muito é que a história acontece toda em um único dia, o dia do Sincronicídio.
BCRL: Você concebeu um livro fantástico, menino! Parabéns por
essa conquista e sucesso!
FS: Sou muito grato por tantas demonstrações de carinho que o
livro está recebendo, sinto-me privilegiado por Deus por ser tão rico em
amigos! Sei que sou amado porque amo na mesma proporção! É como já cantam os
Beatles: “no final, o amor que você recebe é igual ao amor que você dá”. Sou
muito grato a tantas pessoas que estão lendo e se interessando o livro.
BCRL: Obrigada por aceitar
o meu convite para entrevistá-lo. Você é uma pessoa carismática e querida por
muitos, tenho certeza disso.
FS: Sou muito grato a
você, Angel amada, pelo carinho lindo dessa entrevista. Te amo, meu bem!
Como de costume, fiquem à vontade para fazer perguntas ao Fabinho, ok? E quem quiser adquirir O Sincronicídio ´s só acessar o site da Caligo Editora (www.caligoeditora.com.br) ou pedir diretamente ao Fabinho que o mandará autografado, nesse caso, usem o email sincronicidio@gmail.com.
É isso meninos, até a próxima! :)
bj da angel ;)
Uau, que legal entrar aqui e dar de cara com esse cara...rsrs.. Bela entrevista, Angel. Também com esse entrevistado aí, é assunto para mais de uma conversa até.
ResponderExcluirPuxa, Fabio, adorei saber que vc pretende escrever uma sequencia para O Sincronicídio. Fico imaginando como seria, já que estou com o desfecho do livro aqui na cabeça (quem ficou curioso, que compre o livro...kkkk).
Gostaria de saber como vc acha tempo para tantas atividades! E se fosse necessário escolher apenas uma para se dedicar integralmente, qual seria? Pergunta cruel, né? ;-) Beijos
Andreia querida!
ExcluirValeu demais por esse carinho lindo viu!!!
Agora essa pergunta foi retada hem!!!
Se eu tivesse que escolher apenas uma atividade, sem hesitar escolheria a busca por Deus, que constitui o grande privilégio do nascimento como ser humano!
beijos meu bem!!!
Muito bacana a entrevista, gostei!
ResponderExcluirBeijinhos
Renata
Escuta Essa
Valeu demais pela gentileza, Renata!
Excluirbeijos e muita música!!!
Gostei muito da entrevista, achei bem completa e com boas perguntas. Assim podemos conhecer um pouco mais desse músico escritor, ou: escritor músico, ou, simplesmente uma pessoa maravilhosa como é o Fabio Shiva.
ResponderExcluirLéia Viana
Ô Léia amada, que carinho lindo!!!
ExcluirSou muito fã dessa mulher borboleta!!!!
beijo!!!
Oie
ResponderExcluirAdorei a entrevista!!
Sempre é muito bom conhecer um pouco mais do autor e a entrevista ficou ótima.
Muito legal e linda a ideia do PULA. Parabéns.
bjs
Olá Fernanda!
ExcluirValeu demais pelo comentário e pelas boas energias!
Beijo!!!
Muito boa a entrevista.
ResponderExcluirSweet of Cherry
Valeu demais Marcicleide!!!!
ExcluirBem diferente e muito talentoso esse autor. Adorei suas respostas. Foi um prazer conhecer e saber mais de sua obra. espero conseguir ler este livro logo. Beijos.
ResponderExcluirOi Beth! Valeu demais, querida! Desejo que o livro possa somar de alguma forma em sua vida, espero que você curta a leitura! beijos!
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