Romance
Policial Existencial!!!
É
com essa pérola que nos brinda o Simenon nessa obra fantástica. Todas as
emoções de um autêntico suspense, servindo como pano de fundo para um convite à
reflexão sobre a natureza humana, sobre a (in)sanidade do mundo, sobre o que é
ou não verdade... tudo isso em uma leitura leve, que gruda o leitor no livro da
primeira à última página!
Esse
é o segundo do Simenon que leio fora das aventuras do Comissário Maigret (antes
li o igualmente bom “O Assassino”), e só confirmo: se nos romances de Maigret,
Simenon é muito bom, em seus outros livros ele é simplesmente espetacular!
Talvez isso se deva ao fato de estar livre da fidelidade a um personagem de
sucesso e às convenções clássicas do romance policial (o jogo do whodunit, por exemplo). Literatura de
primeira!!!
Não
é à toa que Simenon tenha sido louvado por autores como Clarice Lispector,
Graham Greene e Albert Camus... aliás, senti uma forte identificação dessa obra
com “O Estrangeiro” de Camus! Mas confesso que achei o Simenon ainda melhor!!!
Kees
Popinga, protagonista da história, é um tipo único e inesquecível. Vou sentir
saudades de perambular pelos becos e ruas de Paris na companhia desse holandês
tão simpático e sinistro!
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