Sabem que tenho tara por esse filósofo do
séc. V com sua teoria da imortalidade da alma, e ainda mais misturado com um
elo perdido e misterioso como esse. Já postei muitos livros dele por aqui, mas
esse, que aliás ganhei de um inimigo que odiou a obra...ahahh, eu adoreiiii..
Herdeiro de todo esse conhecimento, relatado
primeiramente pelo legislador ateniense Sólon e depois por seu neto Critias a
Sócrates.... o autor nos coloca de frente com um maravilhoso rosário de
lembranças, inesquecíveis para o mundo até hoje.
Segundo Platão esse mundo perdido, detalhado
como uma ilha imensa, muito rica e com regimentos legais impecávies,
chamada de Poseidonis ou Atlantis,
localizada no Oceano Atlântico, depois do Estreito de Gibraltar, era habitada
por um povo chamado atlantes, descendentes do filho de Posseidon, o jovem
Atlas, e governada por dois irmãos que dividiam o reino em duas partes Conta ainda a teoria platônica que os ricos
atlantes tinham como meta a conquista do Mediterrâneo, porém Atenas os impediu,
o que gerou uma imensa batalha entre Atlântis x Atenas, levando a maravilhosa
ilha a afundar pela ira dos deuses, após um enorme terremoto. E assim, dentro
desse mundo mágico, as páginas vão se abrindo com descrições muito longas de
uma cidade altamente evoluída, onde o materialismo torna-se uma arma poderosa,
capaz da decadência cultural e espiritual de seus habitantes e também capaz de
ser o algoz de sua morte.
Mapa de Athanasius Kircher mostrando Atlântida no meio do Oceano Atlântico. De Mundus Subterraneus de 1669 publicado em Amsterdã, o mapa é orientado com o sul para cima
As longas descrições sobre origem,
localização, geografia, organização política e social, talvez deixe a obra um
pouco enfadonha para quem gosta de uma romance policial, mas não para aqueles
que adoram a história, seus mitos e lendas. Outras lendas sobre Atlântida foram
feitas após a de Platão, porém todas parecem ter guardado em suas memórias a
mesma essência da primogênita platoniana.
Contam as bibliografias que os filósofos
acreditavam piamente nesse teoria, porém Aristóteles não....ahahah Muitos
estudiosos mais atuais conjecturam essa teoria...mas também não chegam a
conclusão alguma, dando margens muito distantes para sua localização. Porém a
credibilidade de Platão é tão intensa e tão deliciosamente detalhada, que fica
difícil desacreditar de tamanha argumentação....eu realmente acredito em sua
existência. Pode ter sumido por algum tsunami, por que não? Afinal Platão a
descreve como uma cidade próxima demais do mar...Se existiu ou não, não
importa....o que é certo mesmo, é que a lenda sobre a cidade perdida continua a
maravilhar milhões de pessoas pelo mundo até hoje.
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