sábado, 18 de janeiro de 2014

TIMEU E CRÍTIAS OU A ATLÂNTIDA - Platão




Sabem que tenho tara por esse filósofo do séc. V com sua teoria da imortalidade da alma, e ainda mais misturado com um elo perdido e misterioso como esse. Já postei muitos livros dele por aqui, mas esse, que aliás ganhei de um inimigo que odiou a obra...ahahh, eu adoreiiii..

Herdeiro de todo esse conhecimento, relatado primeiramente pelo legislador ateniense Sólon e depois por seu neto Critias a Sócrates.... o autor nos coloca de frente com um maravilhoso rosário de lembranças, inesquecíveis para o mundo até hoje.

Segundo Platão esse mundo perdido, detalhado como uma ilha imensa, muito rica e com regimentos legais impecávies, chamada  de Poseidonis ou Atlantis, localizada no Oceano Atlântico, depois do Estreito de Gibraltar, era habitada por um povo chamado atlantes, descendentes do filho de Posseidon, o jovem Atlas, e governada por dois irmãos que dividiam o reino em duas partes  Conta ainda a teoria platônica que os ricos atlantes tinham como meta a conquista do Mediterrâneo, porém Atenas os impediu, o que gerou uma imensa batalha entre Atlântis x Atenas, levando a maravilhosa ilha a afundar pela ira dos deuses, após um enorme terremoto. E assim, dentro desse mundo mágico, as páginas vão se abrindo com descrições muito longas de uma cidade altamente evoluída, onde o materialismo torna-se uma arma poderosa, capaz da decadência cultural e espiritual de seus habitantes e também capaz de ser o algoz de sua morte.


Mapa de Athanasius Kircher mostrando Atlântida no meio do Oceano Atlântico.  De Mundus Subterraneus de 1669  publicado em Amsterdã, o mapa é orientado com o sul para cima

As longas descrições sobre origem, localização, geografia, organização política e social, talvez deixe a obra um pouco enfadonha para quem gosta de uma romance policial, mas não para aqueles que adoram a história, seus mitos e lendas. Outras lendas sobre Atlântida foram feitas após a de Platão, porém todas parecem ter guardado em suas memórias a mesma essência da primogênita platoniana.


Contam as bibliografias que os filósofos acreditavam piamente nesse teoria, porém Aristóteles não....ahahah Muitos estudiosos mais atuais conjecturam essa teoria...mas também não chegam a conclusão alguma, dando margens muito distantes para sua localização. Porém a credibilidade de Platão é tão intensa e tão deliciosamente detalhada, que fica difícil desacreditar de tamanha argumentação....eu realmente acredito em sua existência. Pode ter sumido por algum tsunami, por que não? Afinal Platão a descreve como uma cidade próxima demais do mar...Se existiu ou não, não importa....o que é certo mesmo, é que a lenda sobre a cidade perdida continua a maravilhar milhões de pessoas pelo mundo até hoje.




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