sábado, 1 de março de 2014

NÊMESIS – Isaac Asimov



Essa leitura começou cercada de sincronicidade, o que me confirmou que era mesmo o livro que eu precisava ler agora. Um dos últimos livros escritos por Asimov, apenas três anos de sua morte, “Nêmesis” conta a história da descoberta de uma estrela próxima ao sistema solar, aparentemente em rota de colisão... Na época em que o livro foi escrito (1989), os astrônomos estavam teorizando sobre a possível existência desse sistema planetário, e parece que chegaram a batizar o achado hipotético de “Nêmesis”. Pouco depois, a descoberta de um novo corpo orbitando o sistema solar foi divulgada pela imprensa (até pelo NY Times), que chamaram esse astro desconhecido de “Planeta X”. Logo em seguida, no entanto, o assunto deixou de ser mencionado, ao menos oficialmente. Pois cada vez mais surgiram comentários sobre “Nibiru”, “Hercolubus”, “Segundo Sol” e outros nomes similares na Internet, com variados níveis de seriedade.

Creio mesmo que Asimov inspirou-se na descoberta inicial do Planeta X para escrever sua história, pois em dado momento é mencionado um ciclo de 25 milhões de anos, que basta tirar três zeros para se equiparar ao ciclo atualmente calculado para a órbita do Sol em torno de Alcione (segundo afirmam alguns), sendo de 25 mil anos o giro do Sol completo ao redor da Eclítica, o que gera as tão famosas Eras de Aquário etc.

Isso tudo foi só para dizer que foi emocionante para mim ler um de meus autores favoritos tratando de temas que eu mesmo tenho pesquisado com afinco recentemente, uma bela surpresa!

Quanto à história, começa meio morninha mas vai esquentando à medida que as surpresas vão aparecendo... basta dizer que o Bom Doutor faz questão de afirmar no prefácio que “Nêmesis” não está ligada nem ao ciclo dos Robôs nem à saga Fundação, mas no decorrer da história vamos vendo que não é bem assim... o leitor fiel de Asimov encontrará muitas citações e referências para seu deleite!

E também algumas frases inspiradas, marca registrada de Asimov em sua Fundação, sendo a melhor delas em minha opinião:

“A violência é o último refúgio dos incompetentes.”

Aqui encontrei algumas interessantes também, embora marcadas por um certo travo de desilusão:

“Mentir dá muito trabalho. Se as pessoas fossem realmente preguiçosas, diriam sempre a verdade.”

“A natureza tem o mau hábito de derrubar todas as nossas supostas certezas.”

“A maioria atravessa a existência procurando um significado sem encontrá-lo e termina a vida imerso em desespero ou resignação.”

Viva Asimov!



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Um comentário:

  1. Olá Fábio!!
    Nunca li nada do Isaac Asimov mas fiquei muito interessado em ler depois de ler sua resenha!Já li algo a respeito do Hercolubus e é um assunto bem sinistro hehehehhe.Vou ver se acho em algum sebo esse livro.Valeu pela dica!!Abraço!

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