sexta-feira, 30 de junho de 2017

RESENHA - ”SEGUNDA MÃO” (LITERATURA NACIONAL) - OLIVIA MAIA


LIVRO:”SEGUNDA MÃO” (LITERATURA NACIONAL)
AUTORA: OLIVIA MAIA
EDITORA:DRACO
PÁGINAS –255
1ª  EDIÇÃO 2016
CATEGORIA: FICÇÃO BRASILEIRA
ASSUNTO: ROMANCE POLICIAL
ISBN: - 978-85-8243-201-3


CITAÇÃO:”Fomos colegas na faculdade de Direito. Ele terminou o curso e se casou. Eu desisti no último ano e nunca mais botei os pés naquele lugar. Jamais seríamos amigos se nos tivéssemos conhecido na polícia. Nunca tive nenhum amigo na polícia além dele. Na faculdade o que nos uniu foi um desprezo pelos estudantes que se levavam muito a sério, uns moleques imbecis, filhinhos de papai que apareciam de terno e gravata porque conseguiam estágio no escritório do pai ou do tio e se consideravam muito competentes e disciplinados.”

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-
Utensílios de cozinha: panelas em prateleiras e frigideiras penduradas em parece de fundo azul.
Sinceramente não vi nenhuma conexão com o enredo do livro.
Feita por Ericksama.

NOTA: 3,00 DE 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:

Livro é dividido em duas partes: 1ª Esquerdo com quatro capítulos e 2ª Até que se prove o contrário com cinco capítulos. Tem sumário e no final Mais Mistérios de Olivia Maia.
Não há como falar muito, pois o livro foi lido em e-book.
Editoração digital: Ericksama.
Produção editorial: Janaína Chervesan.

NOTA: 4,50 DE 5,00

- ESCRITA:

É uma narrativa descritiva em 1ª pessoa pelo protagonista Pedro e através dos diálogos temos as impressões das outras personagens.
Como o livro mostra o mundo de uma delegacia de policio, o linguajar é mais voltado ao mundo policial, inclusive com alguns palavrões.
Alguns pequenos erros de separação de sílabas, mas que não atrapalham o entendimento.

NOTA: 3,80 DE 5,00

CITAÇÃO:”Queria chegar perto, forçar seu queixo pra cima. Olha para mim, me deixa ver seu rosto. Mas ela ia ficar com raiva. Um gesto abrupto no rosto. Ou me acertaria um tapa. Não seria a primeira vez.”

SINOPSE:

"Segunda mão" é um romance policial de Olivia Maia, autora revelação do gênero.

Depois de quase dez anos de certezas dentro da polícia, o investigador Pedro Rodriguez teve um começo de ano tumultuado: um final complicado de relacionamento e um acidente que lhe tirou parte da audição e quase lhe tirou a vida. Para piorar as coisas, é incumbido de investigação envolvendo o suposto suicídio de um primo de seu delegado, em uma trama que envolve lavagem de dinheiro, mentiras, corrupção e a cúpula da polícia.”

CITAÇÃO: “Bebi mais um pouco do chope. Que Iuri enganasse a corregedoria eu não me importava, mas éramos amigos, ou fomos amigos. Trabalhávamos juntos.”



RESUMO SINÓPTICO:

Pedro Rodriguez tem 32 anos dos quais foram dedicados a polícia, é investigador policial do DHPP. Mora no apartamento que foi dos pais com sua gata. Fuma muito e tem problemas de estômago. Após um acidente durante uma investigação, ficou surdo e o deixa atordoado algumas vezes. Namorou Denise, uma colega de trabalho, mas por erro dele, acabaram o namoro. Tem como parceiro Iuri, nascido na Alemanha e veio para o Brasil aos 11 anos, único amigo  dentro da corporação que o salvou da morte no acidente que o deixou surdo.
Delegado Daniel Gatti é agitado, ansioso, pequeno e gordo, passava dos 50 anos e é filho de Fabio Gatti, responsável por negócios escusos e lavagem de dinheiro.
Homem morreu há duas semanas e o caso foi dado como suicídio pelo legista do 7º Distrito Policial, chefiado pelo Delegado Ulisses que pede ajuda para o Delegado Daniel para resolver o caso, já que a esposa do falecido não concordava com o laudo de suicídio e também porque o morto era primo de Daniel.
Daniel destaca Pedro e Iuri para resolverem o caso, já que o resto da delegacia está envolvida em resolver o assassinato de vários estudantes. Conforme vão descobrindo os fatos que envolvem o possível suicídio, outros crimes vão acontecendo conforme chegam perto dos envolvidos e vão descobrindo que a polícia está envolvida com lavagem de dinheiro, corrupção e muita mentira. Os tentáculos do crime estão espalhados em vários setores da polícia, inclusive da corregedoria.
Como será que tudo vai terminar?

CITAÇÃO: “Apontou com o dedo gordo numa das fotos. Toda a posição de João Vítor me pareceu inadequada. A mão direita estava caída sobre o colo, e o braço esquerdo um pouco pra trás, como se antes de morrer estivesse apoiando parte do corpo sobre ele.”


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Romance policial é um estilo que gosto muito e acredito que alguns pontos são necessários para que a leitura seja boa, como: um bom desenvolvimento das personagens, um enredo bem elaborado e suspense, aquele do tipo que ficamos envolvidos junto com as personagens para descobrir o que de fato aconteceu e descobrir quem são os culpados ou o culpado.
Aqui vemos um início um tanto lento, voltado para os dilemas pessoais do protagonista principal Pedro, onde mostra seus conflitos existenciais, suas dúvidas e desejos. Não que isso seja um fator negativo, porém tornou o começo do livro um tanto moroso, sem grandes expectativas. O protagonista é um tanto confuso e até certo ponto, ingênuo para um policial que está há vários anos na polícia.
A trama é bem intrincada, cheia de ramificações, sem um objetivo muito preciso. A investigação fica dando voltas e em alguns momentos não há mais o que se buscar e o pensamento de deixar tudo para lá é forte, o que desestimula um pouco continuar a leitura.
Confesso que esperava um pouco mais. Não é um livro ruim, de forma alguma, porém também não é um livro totalmente envolvente. É um livro mais voltado para dinâmica dentro de uma delegacia, que mostra o quanto a polícia pode ser corrupta, mostra a insatisfação de ser um policial e se vender...O foco não é desvendar os possíveis crimes durante o enredo, é mostrar que mesmo se descobrindo ‘os culpados’, por vezes não há como imputar-lhes alguma pena.
Não sei bem como me fazer entender sem dar spoilers e acredito que é aquele tipo de livro que cada leitor terá sua própria impressão e avaliação sobre ele e por isso recomendo a leitura, mas sem grandes expectativas, porque não há reviravoltas e o final, que poderia ser o grande ‘tchan’ do livro, fica em aberto.
Não que não goste de finais abertos, mas depende do estilo e acredito que em livros policiais, o melhor seria um final conclusivo, com tudo bem explicadinho e todos os pontos esclarecidos. Fiquei com aquele sentimento de vazio ao terminar.


NOTA :3,60 de 5,00

Emoticon triste


SOBRE O AUTORA:



Escritora paulistana desterrada, professora e fotógrafa eventual. começou a publicar literatura em 2006. em agosto de 2013, deixei o trabalho e foi embora de São Paulo com uma mochila nas costas. dois anos depois se instalei na cidade de Lençóis, na Bahia, onde toma banho de rio, estuda e escreve.

CEDIDO PELA EDITORA DRACO.

PARCERIA EDITORA DRACO

CHEIRINHOS
RUDY

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