Divertida
aventura policial de Edgar Wallace (01/04/1875 – 10/02/1932), que em sua época
foi um dos autores mais populares da Inglaterra. Dele já li também o ótimo “O
Sineiro”, além de “Quatro Homens Justos”, que agora fiquei sabendo ter sido o
primeiro livro escrito pelo autor. O primeiro de muitos! Edgar Wallace é um
desses autores cuja vida é tão ou mais interessante que a obra. Penso que a
biografia de Edgar Wallace daria um bom filme! Uma parte que me chama a atenção
é ele ter ficado rico várias vezes, com as vendas de seus livros – para logo em
seguida perder tudo na corrida de cavalos!
O
maior atrativo de “Uma Canção nas Trevas” é certamente a figura do Superintendente
Patrick J. Minter, mais conhecido de todos pelo apelido de Sooper. Um velho
policial, “mais antigo da força”, que anda a qualquer hora do dia ou da noite
em Pirilampo, sua motocicleta endiabrada cujo motor tem o som de uma
metralhadora. Ele também cria galinhas e adora desdenhar das modernas teorias
de psicologia e antropologia.
É
interessante como os livros conversam entre si. Ocorre que eu estava relendo
paralelamente “Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado. O herói do livro é Pedro
Archanjo, que contrapõe a sua própria realidade mestiça às teorias de
antropologia física vigentes na época, hoje ao menos na teoria já descartadas
como puro racismo. Pois bem, foi uma surpresa massa ler “Uma Canção nas Trevas”
e ver Sooper zoando essa mesma antropologia física em um livro de 1927, décadas
antes da publicação de “Tenda dos Milagres”!
***
“O
rei mouro cavalga para cima e para baixo
Pela
real cidade de Granada.
Ay de mi Alhama!”
\\\***///
O SINCRONICÍDIO –
Fabio Shiva
“E foi assim que descobri que a inocência é
como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder.”
Haverá
um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a
cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia
reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do
Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia
de Homicídios, está marcado para morrer.
“Era para sermos
centelhas divinas. Mas escolhemos abraçar a escuridão.”
Suspense,
erotismo e filosofia em uma trama instigante que desafia o leitor a cada passo.
Uma história contada de forma extremamente inovadora, como um Passeio do Cavalo
(clássico problema de xadrez) pelos 64 hexagramas do I Ching, o Livro das
Mutações. Um romance de muitas possibilidades.
Leia
e descubra porque O Sincronicídio
não para de surpreender o leitor.
Livro físico:
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eBook:
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