terça-feira, 21 de janeiro de 2020

O REI AVATARA – Swami Prabhupada



Sempre é uma linda e abençoada oportunidade travar contato com a inspiradora história de Sri Rama. Essa grande encarnação da Sabedoria manifestou-se na Terra em tempos remotos, deixando o imperecível exemplo das virtudes e conduta de um homem perfeito.

A primeira parte de “O Rei Avatara” traz um belo resumo da saga do príncipe Rama para resgatar sua amada Sita, sequestrada pelo rei demônio Ravana. Essa maravilhosa narrativa, repleta de seres fantásticos e grandiosas batalhas, constitui o “Ramayana”, uma das principais escrituras hindus (como primeiro contato, sugiro a versão em desenho animado: https://youtu.be/06fKLllYaJI).



Muitos consideram o “Ramayana” um texto  puramente simbólico. Contudo em 2002 imagens de satélite da NASA revelaram o que ficou conhecido como a “Ponte de Rama” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_de_Ad%C3%A3o), que sugere evidência histórica para um dos trechos mais incríveis do “Ramayana”: a travessia do oceano pelo Senhor Rama e seu exército de macacos.

A segunda parte do livro traz a interpretação de Swami Prabhupada, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (ISKCON), para o “Ramayana”. Esse trecho foi fonte de grande aprendizado para mim, seja onde encontrei preciosos ensinamentos, seja onde guardei respeitosa discordância.

O livro encerra com “Os Deveres de um Líder Político segundo as Escrituras Sagradas”, com verdadeiras pérolas dentre as quais pincei:

“O rei tem que considerar que seu principal dever é servir seus cidadãos. Ele deve protegê-los assim como uma mãe protege a criança em seu ventre. Alguma mãe pensará em gratificar-se enquanto o filho está em seu ventre? Todos os pensamentos dela estarão voltados para a criança e para o bem-estar da mesma. Da mesma forma, o rei deve subordinar todos os seus desejos e vontades e buscar atender àqueles de seus cidadãos. O bem-estar deles deve ser o seu único interesse.”
(Mahabharata 12.86.24)

“O melhor rei é aquele cujos cidadãos vivem em liberdade e alegria como se estivessem na casa do próprio pai. A paz estará com eles, bem como a satisfação. Assim, não haverá qualquer perversidade, ambição, desonestidade ou inveja. O âmago do dever de um rei é a proteção de seus cidadãos e a felicidade deles. Não se trata de algo fácil. Para garantir a felicidade de seu povo, ele deve recorrer a diversos métodos.”
(Mahabharata 12.86.24)

“Os fracos e oprimidos, os cegos, os surdos, os aleijados, os órfãos, os idosos, as viúvas, os doentes e os aflitos devem receber alimento, vestes, medicamentos, abrigo e demais necessidades.”
(Mahabharata 12.86.24)

Jai Sri Ram!





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Agora disponível gratuitamente no Wattpad, LABIRINTO CIRCULAR / ISSO TUDO É MUITO RARO é um livro duplo de contos estruturados como seis pares de “opostos espelhados”. São ao todo doze histórias que têm como fio condutor a polarização entre o Olhar e a Consciência (representados nas capas do livro como as pupilas sobrepostas e o cérebro, respectivamente) e que abordam, cada uma a seu modo, alguns dos antagonismos essenciais: Amor e Morte, Cotidiano e Fantástico, Concreto e Absurdo. Um exercício literário para mentes inquietas e questionadoras.


LABIRINTO CIRCULAR


ISSO TUDO É MUITO RARO


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