terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

BENJAMIM – Chico Buarque



Espetacularmente bem escrito, “Benjamim” é mais um escandaloso testemunho da genialidade do brasileiro Chico Buarque de Hollanda. Aqui, mais do que em “Budapeste” (que foi outro romance dele que li), senti muito vividamente a presença do poeta dentro do romancista. A narrativa vai sendo construída através de inesperadas imagens poéticas, que tornam a leitura uma experiência ímpar.

Os personagens também são extremamente marcantes, com destaque para Ariela Masé, tão enigmática e complexa e, ao mesmo tempo, tão simples e direta em sua feminilidade, que parece ter saído de uma das letras imortais do Chico sobre as mulheres.

Diversão e arte em alto grau! Recomendado para todos que amam a Literatura e que acreditam nessa arte como forma de elevar o ser humano a novos patamares.

Só me causa estranheza o fato de nenhum dos livros de Chico Buarque constar da lista dos recentemente censurados pelo governo de Rondônia. Uma omissão verdadeiramente imperdoável! Não há censura que se preze que não coloque Chico Buarque no topo da lista!

De resto, a reconfortante certeza que fica após a leitura de obra de tal quilate: esses aspirantes a ditadores de meia tigela que aí estão, esses passarão, como sempre. Já Chico, Paulo, Rubem, Machado e outros grandes, passarinhos que são, continuarão mostrando aéreos caminhos!





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Qual é o seu tipo de monstro? Faça o teste e descubra!

“Em nossa cidade habitam monstros, como em todas as outras.
A diferença é que aqui ninguém finge que eles não existem.
Há pessoas normais em nossa cidade também. É claro.
Ser normal é só a maneira mais ordinária de ser monstruoso.”

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