terça-feira, 7 de junho de 2011

Carmen - Ruy Castro


Quanto mais ouço a expressão - brasileiro tem memória curta - mais acredito nela. Basta observarmos a política, o esporte ou mesmo a arte para darmos conta da triste verdade que nos cabe.

Se existe uma entidade, um mito, uma figura injustiçada nas artes cênicas e na música, essa pessoa chama-se Maria do Carmo Miranda da Cunha, ou melhor, Carmen Miranda, a pequena notável.

Fruto de uma pesquisa de 5 anos, a biografia "Carmen" reflete o esforço hercúleo de Castro em nos demonstrar o quanto devemos a ela.

Na década de 30, é a maior expressão da música popular brasileira, gravando marchinhas que são cantadas até hoje: Tái, Yáyá Yôyô, O que é que a baiana tem (e dezenas de tantas outras, todas sucesso garantido). Já no início da década de 40, sai para fazer sucesso em Hollywood e faz. Chega a exibir-se para o presidente Roosevelt na Casa Branca.

Ninguém consegue imaginar a fúria com q os norte-americanos foram atingidos pelo furacão Carmen Miranda. Ganhou rios de dinheiro, porém nunca teve sorte no amor. Provavelmente, tenha sido essa a grande lacuna q a tenha levado à morte. Ela foi a primeira artista a vencer e conquistar Hollywood. Alguém à frente de seu tempo e que por isso sofreu as agruras de desbravar o terreno em que poucos chegaram perto.

No livro desfrutamos de toda glória e sucesso da pequena e conseguimos sofrer e até compreender seu vício em barbitúricos, estimulantes e álcool. Enfim, ler este livro, foi pra mim, vivenciar o apogeu e o ocaso desta maravilhosa estrela e correr atrás de todas as suas gravações musicais e cênicas, para rever sua imensa beleza de 1,53m. Lição de vida!

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