segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ausência na Primavera - Mary Westmacott (Agatha Christie)

Título Original: Absent in the Spring
Tradução: Jorge Ritter
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 213
ISBN: 978-85-254-2044-2
Ano: 1944
Categoria: Romance 

Antes de começar a resenha desse livro, gostaria de dizer que minha primeira e principal intenção, assim que comecei a ler o livro, era falar mal. Realmente, não chega nem perto de tudo que Agatha já escreveu (talvez por isso mesmo ela tenha usado pseudônimo?), mas ao passar as páginas, deixei de me prender nessas coisas e comecei a reparar na personagem, e gostar dela. Não pelo fato dela ser legal (longe disso), mas pelo fato de ela ser o estereótipo de muitas mulheres, em várias ocasiões.

Joan Scudamore é uma pacata dona de casa, que depois de fazer uma visita à sua filha adoentada, Barbara, em Bagdá, fica presa numa estação no meio do deserto, por dias a fio. Sem nada pra fazer, os pensamentos se voltam para ela mesma. Ela começa a remoer uma frase instigante de sua amiga Blanche, que diz: "Se você não tivesse nada em que pensar a não ser em si mesma, o que você descobriria sobre si mesma?"

A partir disso, Joan vai travar uma luta consigo mesma ao se confrontar com o mundo de aparências em que viveu durante anos versus o mundo real para o qual ela simplesmente fechou os olhos e se decidiu pelo caminho mais curto.

O que se pode esperar dessa reflexão involuntária sobre sua vida? Só mesmo lendo Ausência na Primavera para descobrir...

Atenção: esse livro já foi publicado anteriormente pela Nova Fronteira com o título A Ausência. A Editora que traduz e publica os livros de Agatha Christie atualmente, a L&PM, tem feito um trabalho de 're-tradução' que pode ser percebido no titulo acima, e em outros de Mary Westmacott, que eles prometem lançarem.

A quem tiver paciência ou curiosidade, desejo sorte com esse livro =]

Um comentário:

  1. Ah Madzinho, muitas vezes julgamos o livro pela capa, pelo título e com o virar (compulsivo) das páginas somos obrigados a nos desapegar do preconceito anteriormente criado.
    Creio que este livro seja muito bom, não só por ser da Agatha, mas pelo que deu para perceber através de sua (linda) resenha é que um leitor critico e atento também refletirá sobre si mesmo.

    Bjs.
    http://devaneiosfugazes.blogspot.com/

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